Paulo Afonso (BA) – Em breve, mais um hospital universitário federal passará a integrar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh): o novo Hospital Universitário será construído na cidade de Paulo Afonso, no interior da Bahia, a 470 km da capital Salvador. Na última segunda-feira (17), foi homologado o acordo entre a União, Ebserh, Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), estado, município, e a Eletrobrás-Chesf. A previsão é que a Ebserh inicie a gestão em dois anos, prazo para conclusão das obras da nova unidade.

Durante a solenidade, o superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), Julianeli Tolentino, representando o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, explicou que um dos principais objetivos no novo HU é oferecer um campo de práticas para os estudantes da Univasf, especialmente, da graduação em Medicina. “Além disso, com esse novo HU, nós iremos dar um passo muito importante em relação à excelência da oferta de serviço de saúde com a possibilidade de ofertar serviços de saúde que hoje não estão disponíveis em Paulo Afonso”, disse.

O superintendente ainda destacou o papel da Ebserh, que fará a gestão na nova unidade. “Dada a excelência da gestão hospitalar realizada pela estatal em todo o país, nós pretendemos investir em um parque tecnológico robusto, priorizando a eficiência dos diagnósticos e consequentemente o tratamento de saúde dessa população”, enfatizou.

A gestão do hospital universitário em Paulo Afonso foi alvo da justiça após a Chesf renunciar a todos os serviços que não eram próprios da produção de energia elétrica. O município então solicitou à Justiça Federal, em uma Ação Ordinária, que a Univasf e a Ebserh assumissem a gestão do hospital. Houve recurso da decisão para 2ª instância e a Subseção Judiciária de Paulo Afonso e o SistCon direcionaram o processo para conciliação.

O Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, coordenador do Núcleo de Conciliação da 1ª Região, Dr. Carlos Pires Brandão, explicou o processo. “São chamados de processos estruturantes. Diante de uma falha ou escassez de estruturas, há necessidade de se montar arranjos que possam prestar serviços essenciais à população, como saúde e educação. A Ebserh, de uma forma muito sensível, percebendo a relevância desse hospital para toda a região, são quase 800 mil pessoas, foi fundamental para solucionar esse entrave”, disse.