A campanha Abril Azul busca dar visibilidade e notoriedade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças no mundo possui autismo. A Sociedade Brasileira de Pediatria explica que o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, tendo como características dificuldade de comunicação e interação social e presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Os sinais de alerta podem ser percebidos nos primeiros meses de vida e o diagnóstico do especialista é estabelecido por volta dos 2 ou 3 anos de idade.

“Para se obter o diagnóstico, são realizados diversos critérios clínicos por meio dos relatos de pais, familiares, responsáveis e, até mesmo, professores. O paciente também passa pela observação de um médico, tendo os sintomas analisados durante uma avaliação clínica e recebendo uma análise detalhada do caso”, afirma a psicóloga e professora do curso de Psicologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, Claudia Bem.

O TEA é classificado em três níveis, com base no grau de apoio que um indivíduo necessita em sua rotina diária. Eles são determinados pela gravidade dos sintomas e pelo impacto que os mesmos têm sobre a capacidade da pessoa se comunicar, interagir socialmente e participar de atividades. Diante disso, a especialista detalha cada um:

– Nível 1: também conhecido como autismo de alto funcionamento, representa indivíduos que precisam de apoio mínimo;

– Nível 2: engloba pessoas que necessitam de apoio mais substancial, com dificuldades acentuadas em interações sociais e comunicação;

– Nível 3: envolve aqueles que precisam de assistência e apoio substanciais em todas as áreas da vida por possuírem dificuldades graves na comunicação social, chegando a ter a fala limitada ou nenhuma.

O diagnóstico pode acontecer aos 18 meses de idade, contribuindo para uma melhor forma de tratamento e terapia adequada. “Além disso, há a possibilidade de acesso a vários direitos, como transporte gratuito, auxílio de um segundo professor e amparo à família após o diagnóstico ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, finaliza a psicóloga Claudia.