Dois homens morreram durante uma ação da Polícia Militar no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, na noite da segunda-feira (21).
Uma câmera de segurança do local registrou o momento em que policiais militares arrombam o portão de uma casa, entram na residência e, posteriormente, retiram um corpo num lençol. O caso é investigado pela Polícia Civil.
O caso aconteceu na comunidade do Detran, por volta das 19h30. Pouco tempo depois, moradores da comunidade protestaram na BR-101 e incendiaram um ônibus às margens da via. Pneus e entulhos também foram queimados na pista.
De acordo com a Polícia Civil, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram à comunidade após receberem denúncias de que os dois homens, com 28 e 31 anos, estavam com armas de fogo e entorpecentes.
Os homens foram identificados como Rhaldney Fernandes da Silva Caluete e Bruno Henrique Vicente da Silva. Eles, segundo a Polícia Civil, foram “abordados pelo efetivo policial“.
“Houve troca de tiros entre as vítimas e o efetivo policial. As vítimas foram socorridas, porém não resistiam aos ferimentos“, afirmou a Polícia Civil.
Nas imagens da câmera de segurança de uma residência da comunidade, é possível ver, também, os PMs colocando o corpo retirado do local num camburão. Os dois homens foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, mas não resistiram aos ferimentos.
O que diz a PM
A Polícia Militar disse que os policiais envolvidos na operação vão ser ouvidos pela Diretoria de Polícia Judiciária Militar e que “só após, será apurado se houve quebra dos protocolos policiais, para que se possa definir responsabilidades na operação“.
A PM também disse que, com os homens, foram apreendidos 527 gramas e mais 28 pequenas porções de maconha, 150 pedras de crack, uma balança de precisão, dois revólveres calibre 38 e 12 munições, sendo nove deflagradas.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como tentativa de homicídio e homicídio decorrente de intervenção policial e as investigações seguem “até o esclarecimento do caso“.
Fonte: g1