A Argentina completou 40 anos de democracia em 2023. Nesse período, o país teve 11 presidentes, dentre os quais cinco não chegaram a concluir seus mandatos. Neste domingo (19), Javier Milei (La Libertad Avanza) se tornou o 12º mandatário argentino, com 55,77% dos votos válidos após apuração de 96,75% das urnas.

De todos os presidentes, seis ex-mandatários conseguiram concluir seus mandatos de quatro anos. Eles foram os mais relevantes para a Argentina até então. Dois desses seis foram importantes no início da redemocratização do país, e os outros quatro se destacaram por suas vertentes políticas e propostas sociais.

Esses quatro (Néstor Kirchner, Cristina Kirchner, Mauricio Macri e o atual presidente, Alberto Fernández), nos últimos 20 anos, entregaram o país ao sucessor sempre com a inflação pior do que quando assumiram o governo.

O atual presidente da Argentina foi eleito com a ex-presidente Cristina Kirchner como sua vice. Atualmente eles são os maiores expoentes do movimento de esquerda iniciado pelo ex-marido dela, o kirchnerismo.

Fernández se vincula a esse movimento e, por consequência, ao peronismo. Ambas vertentes são de esquerda, progressistas e defensoras da democracia.

O kirchnerismo implementou diversas políticas sociais na Argentina, que hoje são fortemente criticadas pela direita e pelo candidato Javier Milei (extrema direita).

Apesar de poder concorrer à reeleição, Fernández anunciou há bastante tempo que não iria fazê-lo.

No seu governo, o país enfrentou muitos problemas incluindo a pandemia da Covid-19, uma das piores secas já registradas e aumento exorbitante da inflação, que chegou a 142,7% ao ano na semana passada.

Nos últimos 20 anos, todos os presidentes da Argentina saíram do cargo deixando a inflação pior do que quando assumiram a posição.

A Argentina está acostumada com líderes fortes e que comandam suas próprias forças políticas. Não é o caso de Fernández, que preside coalizão liderada por Cristina Kirchner. Outro líder da coalizão é o candidato indicado por ele, Sergio Massa.

Fonte: CNN Brasil