O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE) informou que nesta quarta-feira (2), ocorrerá o primeiro grande ato de advertência em todo Estado, definido na última assembleia da categoria, dentro da Campanha Salarial e Funcional 2021/2022. A categoria decidiu suspender as atividades investigativas em todo o Estado das 8h às 16h, quando apenas funcionarão atividades administrativas, de medida protetiva de urgência por violência doméstica e de condução para audiências de custódia.

Na semana passada, a categoria fez passeata pelas ruas do Centro do Recife e decidiram, em assembleia, por endurecer ainda mais o movimento, promover paralisações em todo Estado e marcaram para esse mês uma nova assembleia que pode deliberar por Greve.

“A categoria foi mais uma vez desrespeitada pelo Governo, que deveria apresentar uma contraproposta para a classe, remarcando a reunião. Diante dessa postura lamentável, já que estamos desde o dia 27 de julho do ano passado tentando uma composição para resolver as questões estruturais da Polícia Civil, para acabar com a clandestinidade funcional e poder atender mais e melhor a população e diminuir esse fosso absurdo e injusto entre nós e nossos chefes, o Governo vem se esquivando e empurrando com a barriga, tentando ganhar tempo. Não dá mais para esperar” ressaltou Rafael Cavalcanti, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL).

Entre as reivindicações que foram apresentadas durante as negociações estão a valorização salarial e funcional do Policial Civil de Base, a melhoria nas condições de trabalho nas delegacias e institutos de todo o Estado e o fim da clandestinidade funcional a qual a base dos Policiais Civis está submetida.

A categoria está em Estado de Greve desde o dia 29 de dezembro e durante o mês de janeiro realizou protestos por todo o Estado, como o Ato das Cruzes, que passou pela capital pernambucana no dia 31 de dezembro, Caruaru, Petrolina e Porto de Galinhas respectivamente nos dias 6, 12 e 19 de janeiro, denunciando o número de homicídios em Pernambuco, com mais de 3000 mil mortes em 2021 e pelos 130 Policiais Civis vítimas da Covid-19, e a incapacidade da Polícia Civil elucidar a grande maioria desses crimes, por falta de estrutura nos postos de trabalho, falta de efetivo e o pior salário do país para a base da Polícia Civil.

foto: divulgação/Sinpol