O documento que cria a CPI do Caso Beatriz já conta com 16 assinaturas. É o que o deputado estadual Romero Albuquerque, autor do pedido, informa. De acordo com ele, a comissão conquistou o apoio de outros três deputados governistas esta semana.

Com isto, o grupo que deu início à movimentação na Assembleia Legislativa de Pernambuco deve continuar pressionando os outros colegas. O aval da deputada Jô Cavalcanti, do coletivo Juntas, ainda é esperado para fechar o número mínimo de assinaturas necessárias.

No último dia 21, a mandata coletiva das Juntas (PSOL) veio a público informar que a recente veiculação acerca do posicionamento parlamentar sobre a CPI do Caso Beatriz, através de site na internet organizado pela extrema-direita e base de apoio de Bolsonaro em Pernambuco, não condiz com a verdade.

De acordo com a nota, o mandato das “Juntas acompanham o caso desde 2019 e apoiam a federalização da investigação de modo a assegurar uma apuração técnica, profissional e isenta, assim como vem atuando na Comissão de Direitos Humanos dentro de suas prerrogativas institucionais.

Sobre a recente proposta de instalação de CPI, a mandata esclarece que o tema ainda está sendo discutido internamente e será debatido conjuntamente com o PSOL, sempre objetivando a preservação da imparcialidade da investigação”.

O site criado para acompanhar o caso não foi atualizado, e Albuquerque prefere não revelar o nome dos colegas que aderiram ao pedido, segundo ele, para evitar que os pares sofram pressão do Governo do Estado.

Na semana passada, os deputados colocaram a psolista Jô numa situação difícil. Defensora dos direitos humanos, sendo inclusive presidente do colegiado de mérito na Alepe, a deputada foi cobrada e exposta como a única a rejeitar publicamente a discussão do caso na Casa.

“O caso Beatriz foi bastante explorado quando era conveniente para alguns colegas, mas agora o interesse parece não ser o mesmo. Por qual motivo?”, Albuquerque pontuou.

O grupo mira nos demais colegas que compõem a bancada evangélica, como é o caso de Dulcicleide Amorim que, por diversas vezes, se posicionou sobre o assassinato da menina Beatriz nas redes sociais. A parlamentar é autora de um requerimento que pede uma audiência pública para discutir as investigações, mas, até o momento, não se manifestou a favor da CPI.

“Obviamente o objetivo é conseguir o mínimo necessário das assinaturas, mas o apoio dos demais colegas, principalmente daqueles que lutam em defesa da vida, como é o caso da bancada evangélica, é imprescindível”, Romero afirmou. Além de Dulci, William Brígido, da Igreja Universal, também não deu apoio ao documento.

Redação redeGN