Esta semana Lagoa Grande (PE) virou pauta de notícias em diversos meios de comunicação, após a professora efetiva Maria Aparecida de Souza, que está lotada na escola municipal Eduardo Campos, em Vermelhos, distrito de Lagoa Grande, denunciar varias irregularidades na educação.
“Eu gostaria de questionar à gestão municipal o descaso e o abandono da EMEC, que foi inaugurada em 2016 e até hoje não houve uma reforma sequer. É uma escola grande, com 12 salas e seis banheiros, porém, quatro deles estão interditados. Se é para ter os cuidados sanitários, ainda mais agora com o retorno das aulas presenciais, é necessário ter um suporte”, relatou a professora.
Ainda de acordo com a docente a escola está sucateada. “A escola está toda sucateada, parece que foi inaugurada há 15, 20 anos. Somente cinco pessoas trabalham na parte administrativa da escola, que pegam dobrado para higienizar banheiros, escola, fazer merenda, é insuficiente”, relatou a professora.
Outro problema relato pela professora é sobre a falta de professores. “Alunos do 9° ano estão sem aulas de algumas matérias há pelo menos uma semana, pois alguns professores estão afastados e não foram substituídos. Eu gostaria de questionar ao prefeito se é essa a educação que ele deseja pra Lagoa Grande? As crianças são o futuro da nossa cidade. O ano passado, com a pandemia, ele demitiu os professores contratados. Não precisou pagar transporte, tirou o valor de ‘difícil acesso’ pago aos professores, não pagou merenda escolar. Dinheiro tem, porque não investiu nas escolas, nas reformas?” questiona.
A resposta da prefeitura:
A assessoria de comunicação também entrou em contato com o programa Nossa Voz, para prestar esclarecimentos e rebater as acusações da professora. “Há um equívoco da professora em dizer que não estamos investindo em educação, uma vez que no mês de junho nós inauguramos uma escola em Jutaí, distribuímos notebooks para os professores concursados e contratados, tablets para os alunos a partir do 9° ano. Alguns profissionais não queriam voltar às aulas presenciais, porém, todos eles já foram vacinados com as duas doses da vacina e hoje iniciamos a vacinação de pessoas a partir de 18 anos e adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades, também”, afirmou.
Quanto à estrutura da Escola Municipal Eduardo Campos, a assessoria informou que a estrutura atende à quantidade de alunos que atualmente estão indo presencialmente para a escola. “A fala da profissional é estranha pois a EMEC tem a estrutura necessária para receber os alunos, uma vez que, com a pandemia, a quantidade de alunos está reduzida. Há três banheiros funcionando e neste exato momento, uma equipe está retirando a infiltração e ficarão quatro funcionando. Quando voltar toda a capacidade de alunos, aí reformaremos o restante. Sobre o transporte escolar, a prefeitura está disponibilizando o transporte normalmente; fizemos contratação de professores este ano. Fato é que estamos vivendo um momento atípico, porém, a prefeitura de Lagoa Grande está trabalhando diariamente para ofertar uma educação de qualidade”, garante o porta-voz da gestão municipal.