Na edição de hoje (12), do programa Ramos Filho, Rádio Juazeiro, a professora da rede municipal Socorro Bandeira, irmã do ex-prefeito e apoiador do governo Suzana Ramos, e tia do vice-prefeito Leonardo Bandeira, fez graves denúncias contra o Processo Seletivo realizado pela Secretaria Municipal de Educação.
De acordo com a professora, ocorreram “atos inaceitáveis” na seleção onde “aconteceu de um tudo menos lisura e equidade”.
“Como o antepenúltimo foi promovido ao primeiro da lista”? questionou a professora que foi aprovada em primeiro lugar da seleção.
De acordo com a professora, na segunda lista publicada no Diário Oficial, após prazo recursal, houve alteração na colocação dos candidatos. Ela mesmo foi trocada pelo candidato que constava no final da primeira lista divulgada, denunciou a professora.
“Foi feito na mão grande”.
Ela relatou que foi até a Secretaria de Educação tentando esclarecer suas dúvidas e chegando no órgão se surpreendeu “com a quantidade de gente inconformada pelos mesmos motivos que os meus”.
“As pessoas estavam decepcionados, inconformadas com o que foi publicado na segunda lista, após os atos recursais”.
Socorro Bandeira classificou os critérios avaliativos como permeados de “atos de desonestidade” e fez outro questionamento: “como professores com pós graduação e/ou mestrado tiveram pontuação zero?
A professora afirmou ainda “que estava convicta de que “não foram lapsos, equívocos ou erratas. Os absurdos ocorreram, muito provavelmente de caso muito bem, anteriormente, pensado, e que ludibriaram, inescrupulosamente, o direito das pessoas de adquirirem legalmente a vaga pretendida”.
Ela cobrou da Prefeita Suzana Ramos “uma dura atitude a respeito”.
A educadora disse também que chegou a questionar suas indagações a Secretária de Educação Normeide Almeida, mas teve a impressão de um certo “embaraço” por parte da gestora, que chamou outras três pessoas responsáveis pela organização da seleção para justificarem os atos questionados. Socorro Bandeira disse que não foi convencida com as explicações da equipe que mudou o discurso afirmando que a vaga dela estaria assegurada.
“Disseram que eu teria minha vaga de primeiro lugar garantida”.
No entanto, a professora respondeu que não estava pedindo favores, “mas o que é meu por direito, reivindicando o que me pertence”.
Classificando o ato da Seduc de “desonesto e irresponsável” Socorro Bandeira sugeriu que “os inscritos na seleção, que se sentirem lesados, ludibriados por tamanha desfaçatez procurem os meios legais na Justiça para apurar os fatos”.
E mandou um recado para a Secretária de Educação Normeide Almeida.
“Não entenderei nunca sua atitude de permitir que isso possa ocorrer diante dos seus olhos. Ou a senhora é uma mera figurante ou concordou com este expediente ilegal. (…) afinal quem manda na Secretaria de Educação é ou não é a senhora?”, questionou Bandeira.
A educadora, indignada, questionou ainda se Normeide Almeida “teria respaldo para continuar à frente desta secretaria”.
Finalizando, a professora sugeriu aos políticos ligados a gestão que avaliem a possibilidade de mudança no comando da pasta.
Considerando a “ineficiência e incapacidade comprovadas, a olhos vistos, por parte da equipe responsável pela seleção”, e diante da relevância dos fatos, que os políticos atualmente no comando direto ou indireto da gestão municipal avaliem, imediatamente, a possibilidade de mudança no comando da pasta”.
Socorro Bandeira tem 35 anos de experiência profissional em sala de aula e 3 como gestora de uma unidade escolar, segundo afirmou na carta ao radialista.
Da Redação do Site Preto no Branco