O aumento do número de homicídios em 2020 e a baixa taxa de resolução na investigação de crimes contra o patrimônio foram destacados pelo deputado Alberto Feitosa (PSC), no Grande Expediente da última quinta (25). Ele atribuiu a responsabilidade ao Governo Estadual e apontou tendência de piora em 2021.

“Enquanto a meta para o ano passado era diminuir os homicídios em 12%, o que houve foi um aumento de 8,4%. Foram 3.759 pernambucanos que perderam suas vidas para a violência, 290 a mais do que em 2019”, revelou o parlamentar. “E, só em janeiro de 2021, morreram 297 pessoas. Do jeito que estamos, vamos superar os números de 2020, que já foram maiores do que os do ano anterior.”

Para ele, a grande quantidade de mortes decorrentes da Covid-19 acaba ofuscando o aumento da violência. “Está recebendo menos atenção do que deveria”, disse. Feitosa informou, ainda, que apenas 3% dos furtos e roubos de veículos tiveram investigações concluídas: “Foram 9.422 casos de roubo e mais 4.763 registros de furto. Desses, apenas 251 do primeiro tipo e 78 do segundo tiveram apuração até o fim.”

O deputado citou episódios de crimes contra o patrimônio que, na visão dele, demonstram um cenário de “insegurança e abandono da população por parte do Governo Estadual”. “No bairro do Rosarinho, no Recife, um restaurante foi assaltado três vezes num único fim de semana”, relatou. “Mas a violência não afeta só as pessoas de classe média e alta. É ainda pior para a população de baixa renda.”

Outro exemplo lembrado por Alberto Feitosa foi o assassinato do comerciante de automóveis Rui de Melo Silva, em Lajedo (Agreste Meridional), ocorrido em novembro de 2020. “Foi mais uma vítima da violência desenfreada em Pernambuco, como falei no Voto de Pesar aprovado pelo Plenário”, lamentou o parlamentar.