A deputada estadual petista Teresa Leitão avalia que ficaram “feridas abertas” na relação entre o PT e o PSB, após a intensa troca de farpas e acusações entre os candidatos que disputaram a Prefeitura do Recife pelas siglas. Segundo ela, as rusgas levarão um tempo para “cicatrizarem”.
“São feridas, do ponto de vista da relação política, muito difíceis de cicatrizar porque uma coisa é uma rixa política em uma disputa, outra coisa é o desrespeito político, a acusação baixa, a utilização de imagens”, avaliou. “Quando um partido governamental e hegemônico no estado faz isso, a gente fica bem preocupado”, afirmou.
Teresa Leitão adiantou ainda que nesta segunda-feira (7), a diretoria estadual do partido estará reunida para decidir qual será sua postura política adotada pela sigla na capital pernambucana.
Teresa também não descarta a possibilidade do lançamento do nome da deputada federal Marília Arraes (PT) ao Governo do Estado, porém, ressalta que ainda é cedo e tem de se levar em consideração o projeto nacional da sigla.
“A eleição estadual não é uma eleição solteira como a municipal, ela é uma eleição conjugada com a nacional. Nós sabemos que não vamos ter o PSB no nosso palanque, sabemos que ele vai migrar para o PDT ou para o campo de direita, tenho certeza disso. Então, é necessário que o PT faça essa avaliação onde teremos candidatura própria, onde apoiaremos outras candidatura e a ligação disso com o nosso projeto nacional. Ela é um bom nome, sem sombra de dúvidas, mas ainda é cedo porque o próprio PT ainda não fez a avaliação o PT estadual vai fazer essa avaliação”, pontuou.
Com discurso combativo ao presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), a petista considera de suma importância a presença da militância debatendo e discutindo os problemas do Brasil, onde haja o que ela classifica como “fundamentalismo político religioso.
“Não podemos combater Bolsonaro com as mesmas armas que ele usa, Fake News e cia, nós temos que ter essa militância organizada indo para onde existe muito fundamentalismo, inclusive político e religioso que encontram um campo muito fértil no governo Bolsonaro para fazer o debate de uma conscientização política que possa mostrar as mazelas do Brasil por outro prisma”, disse.