Em assembleia virtual realizada nesta quinta-feira (24), os professores da rede estadual de Pernambuco decretaram estado de greve. Cerca de 2 mil profissionais chegaram a participar da reunião remota, que foi encerrada com aproximadamente mil presentes. Dos que votaram, 94% foram a favor do estado de greve.
Com a decisão, os profissionais optaram por não retornar às atividades presenciais em 6 de outubro, conforme anunciado na última segunda-feira (21) pelo Governo do Estado. O cronograma prevê a volta das aulas do 3º ano do Ensino Médio nesta data e das outras duas séries nas terças-feiras seguintes – 2º ano em 13 de outubro e 1º ano em 20 de outubro. Ainda não há datas definidas para a volta do Ensino Fundamental e do Ensino Infantil.
Com a decisão, os profissionais optaram por não retornar às atividades presenciais em 6 de outubro, conforme anunciado na última segunda-feira (21) pelo Governo do Estado. O cronograma prevê a volta das aulas do 3º ano do Ensino Médio nesta data e das outras duas séries nas terças-feiras seguintes – 2º ano em 13 de outubro e 1º ano em 20 de outubro. Ainda não há datas definidas para a volta do Ensino Fundamental e do Ensino Infantil.
Uma nova rodada de negociações entre o Sintepe e a Secretaria de Educação e Esportes está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (28). A assembleia da categoria está marcada para a quarta-feira (30), às 14h30, novamente online. Na assembleia, os profissionais decidirão pela adesão ou não pela greve.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), um parecer, embasado em diretrizes da Rede Solidária em Defesa da Vida, coletivo formado por profissionais de Saúde do Estado, será divulgado em breve com a posição dos profissionais em relação ao retorno das atividades. O Sintepe também deve protocolar uma ação jurídica para fundamentar o estado de greve.
“Esse parecer faz uma série de reflexões contra o retorno das atividades presenciais nas escolas. [Reclamamos da] forma como foi anunciado e o sentimento de falta de segurança que a categoria ainda tem”, explica o presidente do Sintepe, Fernando Melo. Segundo ele, o governo não respeitou prazos pedidos pela categoria no processo de anúncio da retomada das aulas presenciais nas escolas do Estado.
“Tivemos uma reunião com o secretário [estadual de Educação, Fred Amâncio] onde se tratou dos desencontros nos anúncios do retorno às atividades presenciais. Cobramos que houve de certa forma descontinuidade do processo de negociação. Estavam sendo discutidos procedimentos e formas para o retorno no âmbito do serviço público, que toca na educação”, acrescentou Fernando Melo.
A Folha de Pernambuco entrou em contato com a Secretaria de Educação e Esportes para saber o posicionamento da pasta sobre o estado de greve. Em nota oficial, a secretaria informou que, “desde a suspensão das aulas presenciais nas escolas da rede estadual, tem se reunido com Sintepe, inclusive para a elaboração do protocolo setorial da Educação”.
“A pasta informa ainda que se reuniu com a categoria nesta quinta-feira (24) para dialogar sobre o processo de retomada das aulas presenciais nas unidades de ensino da rede, programada para começar a partir do dia 6 de outubro, e que permanece à disposição para o diálogo com o Sindicato”, informou a secretaria.