A divisão dentro do PDT em Pernambuco fica cada vez mais evidente no jogo político para as eleições municipais de 2020. Lideranças pedetistas têm questionado ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a movimentação do presidente do partido em Pernambuco, deputado federal Wolney Queiroz, para garantir uma aliança com o atual prefeito Miguel Coelho (MDB) que concorrerá à reeleição.
Um dos focos da insatisfação é que o fato do grupo dos Coelhos ser aliado do Governo Bolsonaro, ao qual os pedetistas fazem oposição nacionalmente.
A movimentação é mais um capítulo da disputa interna entre Wolney e o pré-candidato à prefeitura do Recife, Túlio Gâdelha, tendo em vista que Túlio teria convidado o ex-candidato à Prefeitura de Petrolina Edinaldo Lima, ligado ao grupo do ex-prefeito Julio Lossio, para organizar a chapa proporcional da sigla no município com o maior colégio eleitoral do Sertão. Agora, filiados do PDT em Petrolina contrários ao apoio a Miguel reagem e Edinaldo enviou uma carta aberta ao presidente Carlos Lupi com o objetivo de tentar barrar a articulação e, consequentemente, fazer com que a legenda não suba no palanque de Miguel.
Em Petrolina, o PDT está na mira do pré-candidato Julio Lossio Filho (PSD). Quem busca o entendimento de uma possível aliança é o pai do pré-candidato, Julio Lóssio (PSD), que confirmou a movimentação de Wolney Queiroz no município.
Na última segunda-feira, 24, durante uma live, Lupi afirmou que está conversando com o prefeito Miguel Coelho. Além disso, declarou que Julio Filho é uma alternativa de aliança e que o apoio do PDT dependerá de quem “menos der dor de cabeça” ao partido.
Com postura declarada de oposição ao Governo Federal, o PDT integra junto com o PSB, Rede, PV e Cidadania um bloco de oposição que defende o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) e toda cúpula da legenda faz enfrentamento ferrenho ao governo bolsonarista.
Foto: Arquivo com informações Folha PE