Miguel Coelho (MDB), Julio Lossio (REDE), Odacy Amorim (PT).

“Por Marcelo Damasceno

Repórter de Petrolina (PE)

Há quem diga, mediante um vídeo desabonador veiculado nesta internet (contra Miguel Coelho) uma “briga em família”, que haverá racha no palanque dos Coelho.

Isso interessa muito ao pré-candidato Júlio Lossio, pelo seu histórico político ligado a Osvaldo Coelho (in memoriam) seu inventor eleitoral. O tal vídeo em tom crítico com uma cronologia de denúncias contra Miguel, surgiu do núcleo familiar de Guilherme

Coelho, ex-prefeito e ex-vice de Lossio. Não se tem notícia de ruptura política entre Guilherme e Lossio. A porta ficou entreaberta. Também não se tem registro de desavença entre Guilherme e Miguel cujo fiador desse novo tempo seja o senador Fernando B. Coelho (MDB-PE). Os motivos da veiculação do tal vídeo recheado de ressentimentos públicos é assunto divino. Ou do diabo. Os motivos de origem etc.

Com a teoria de segundo turno na eleição em Petrolina neste 2020, a candidatura de Júlio Lossio está sendo turbinada por esse teórico rompimento de Guilherme Coelho contra o grupo majoritário de seu primo, Fernando B. Coelho. E daí, uma inevitável partilha de votos na direita local. Bolsonaristas extremos e osvaldistas moderados numa óbvia separação ideológica entre muitos motivos de conjuntura nacional e também em interesses locais. Lossio trabalha nisso silenciosamente. Isso passa também pelo ninho tucano, onde Guilherme manda em tudo. O PSDB   em Petrolina é dirigido por Guilherme.

Nesse primeiro turno, hipoteticamente a direita e centro direita, com DEM, MDB e PSDB além do PV e associados nanicos virão em notória divisão de palanques. Um para Miguel. O outro com Lossio. Guilherme vem de camarote, ao se crer na politização do tal “vídeo” tucano. Fogo amigo sem cortes.

Com a indefinição palaciana do PSB em seu governador Paulo Câmara, exitante e enigmático, ao sacrificar o prefeiturável em natural, Lucas Ramos em inexplicado “banho Maria cozinhando galo”, certamente sai no lucro, Odacy Amorim, num palanque petista puro sangue. Mas com o desafio de unificar em provável segundo turno, a tal frente popular num PSB protagonista e esvaziado, assunto para a sociologia e ciência política interpretar no futuro. Como um PSB com a máquina governista quase hegemônica em Pernambuco todo, vira coadjuvante de uma frente que tem a seu favor o espólio eleitoral e a história arraesista. Mas, Odacy deve corrigir esse vácuo socialista com a contribuição extra do PC do B que tem sido fiel a Paulo Câmara em gênero e grau, políticos.

Miguel Coelho tem mobilizado seu núcleo partidário e movido céu e terra sonhando levar o pleito em primeiro turno. Obra e recursos não lhe faltam. O conjunto de vereadores também lhe garante apoio. Mas falta combinar com o eleitor diante dessa pandemia política onde Bolsonaro e o COVID-19 disputam o Brasil adoecido e tolerante”.