Os trabalhos desenvolvidos pela Diretoria de Pesquisa do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) vem viabilizando o acesso de inovações tecnológicas aos agricultores familiares e reduzindo os custos dos serviços.Um bom exemplo é o Apoio à Pecuária de Leite em Pernambuco com a aquisição e distribuição de 85 toneladas de sementes de sorgo forrageiro, da Variedade SF 15, desenvolvida pelo Instituto. No caso da palma forrageira, o IPA distribuiu nos últimos 5 anos, 60 milhões de raquetes.
Entre 2019 e 2020, já foram distribuídas 60 milhões de raquetes de palma forrageira. Tanto o sorgo como a palma forrageira são ações de inovação tecnológica para estabilizar a produção de leite no Estado, assim como são tecnologias de convivência com a seca.
Outra base importante para o produtor é o Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal, no município de Arcoverde. O laboratório possui capacidade de produzir 50 mil doses de sêmen beneficiando 3,4 mil criadores por ano. A prioridade é atender os pequenos produtores da bacia leiteira, duramente afetada pela estiagem prolongada. Para isso, são trabalhados reprodutores e matrizes de alta linhagem, de raças aptas à produção de leite, como Holandesa, Girolando e Guzerá leiteiro.
Também são prestados serviços para médios e grandes pecuaristas, de acordo com a demanda e realizadas pesquisas contínuas de melhoramento genético e eficiência reprodutiva e oferta via leilões de tourinhos e matrizes para recria e reposição do rebanho com alta qualidade genética. Com a inauguração do Laboratório Regional de Análises Clínicas em Apoio a Ovinocaprinocultura, em Petrolina, o IPA espera realizar 600 exames mensais, atendendo 120 agricultores/criadores por mês, de forma gratuita, no Sertão do São Francisco.
As amostras enviadas para o laboratório deverão formar um banco de dados, que será usado para mapear as zonas de maior incidência parasitária e estabelecer um trabalho educativo e preventivo sobre o controle das parasitoses.O IPA também lançou a cultivar de cebola Brisaverão IPA 13 e cultivares de Palma forrageira, resistentes à cochonilha do Carmim, além de ter desenvolvido cultivares de tomate com múltiplas resistências a doenças.
Outros avanços da pesquisa foram a inserção de tecnologias inovadoras na prática do uso e reuso de água salina e de utilização de ambiente salinizado por plantas tolerantes; agricultura biossalina como alternativa para o desenvolvimento sustentável do semiárido pernambucano. Como também estudos de processos hidrológicos como base para o gerenciamento de recursos hídricos no estado de Pernambuco: experimentação e modelagem, cenários atuais e futuros.
Os estudos também identificaram marcadores moleculares funcionais para tolerância à cochonilha-de-escamas da palma forrageira e sistematização de dados e desenvolvimento de metodologias para uso no sistema de alerta precoce da vulnerabilidade do rebanho pecuário da região semiárida de Pernambuco. Outro estudo foi sobre o germoplasma de feijão-caupi que revelou a susceptibilidade a doenças.
Os trabalhos também obtiveram resultados promissores para controle biológico da cochonilha do carmim, além da utilização de variedade de sorgo sudanense para produção intensiva de forragem em leitos secos de açudes do semiárido e para a produção intensiva de forragem em cultivo de vazante. Outro avanço foi a obtenção de híbridos de abacaxizeiro resistentes à fusariose. As vacas holandesas do IPA obtiveram avaliação positiva quanto à transmissão genômica e termotolerância para as condições do semiárido.
Fonte: Núcleo de Comunicação