Levantamento mostra que características de bom relacionamento pessoal influenciam no sucesso de docentes em sala de aula
Empatia, respeito, criatividade, resiliência, liderança, motivação, provocação, comunicação, inovação, flexibilidade, humildade, inspiração… essas são algumas das características comuns aos professores que se destacam no ensino superior. A conclusão é de um levantamento realizado pela Universidade Positivo, de Curitiba (PR). A partir de avaliações de cerca de 18 mil estudantes universitários de mais de 50 cursos de Graduação, foram identificados os cinco profissionais que conquistaram notas de destaque entre seus alunos, entre mais de 700 docentes da instituição.
A partir daí, o levantamento deu ênfase ao que esses cinco mestres têm em comum e conversou com seus alunos, para entender o que os diferencia dos demais. Tecnologia, metodologias ativas, planejamento de aula, ambiente e formação continuada foram algumas das características mais citadas, mas o relacionamento permeou todos os relatos e, segundo os entrevistados, é o que realmente faz a diferença.
“Eu não trato eles como alunos, mas como profissionais em formação”, afirmou o professor de Psicologia Gilberto Gaertner, um dos profissionais apontados no estudo. Segundo ele, é preciso “descer do pedestal” e se aproximar do aluno, promovendo um aprendizado horizontal, no qual o professor é um facilitador do processo. Eduardo Faria, professor do curso de Direito, concorda: “o docente precisa estar se aprimorando de maneira permanente para conseguir fixar um diálogo com o aluno. Tem que falar a mesma língua, estar na mesma sintonia”, define. Para Faria, a inteligência emocional para saber liderar uma sala de aula é o diferencial do bom professor.
A aluna de Odontologia Raiane Silva do Nascimento ressalta que, quando o professor tem um bom relacionamento com os alunos, até a disciplina mais difícil torna-se agradável e interessante. É o que acontece na aula do professor João Armando Brancher. “Quando entrei na faculdade, me disseram que Bioquímica era uma disciplina muito difícil. E realmente é muito complexa, mas as aulas dele prendem tanto a nossa atenção que fica fácil de entender”, garante a estudante.
“Quando há empatia, o aluno aprende pelo exemplo”, garante a professora de Medicina, Somaia Reda. Segundo ela, é papel fundamental do professor perceber o aluno. Para Luana Fátima Ramos, aluna de Medicina, quando o professor dá abertura e cria essa proximidade, ele faz com que o aluno tenha vontade de estar naquela aula. “Somaia é um exemplo disso, ela tem muito a ensinar teoricamente, é impecável cientificamente, mas o grande diferencial é saber lidar com pessoas”, explica.
Superprofessor
Além de serem os mais bem avaliados pelos alunos, os professores com inteligência emocional têm outro benefício: sofrem menos estresse profissional. É o que justifica o ritmo intenso do professor dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Design, Felipe Harmata. “Ele consegue dar conta de tudo, resolver tudo, dar atenção para todos, ser gentil com todos, é o primeiro professor a corrigir as provas, o primeiro a lançar as notas, o primeiro a postar a aula… é difícil compreender como ele consegue fazer tanta coisa no mesmo dia: ele vem cedo para a universidade, trabalha à tarde na rádio, volta à noite para dar aula, tem tempo de jogar futebol, ir ao cinema e ainda faz doutorado durante as férias”, conta o egresso de Jornalismo, Brayan Valêncio. “Nós costumamos brincar que o dia dele tem mais de 70 horas”, completa.
A explicação vem da ciência: professores com inteligência emocional diminuem os níveis globais de estresse profissional, administrando de forma adequada as reações emocionais negativas. Desta forma, colocam para funcionar estratégias de confronto ativas para as situações profissionais estressantes, em vez de evitá-las. Dessa forma, seus níveis de saúde e bem-estar mental também são melhores. “Ele chega na aula e dá um ânimo para a gente. Mesmo que estejamos desanimados com a profissão ou qualquer outra coisa, ele nos mostra uma outra visão, prova que as coisas valem a pena”, descreve a egressa Dieneffer Santos, a respeito de Harmata.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação presenciais, quatro cursos de Doutorado, sete cursos de Mestrado, mais de 190 programas de Especialização e MBA, sete cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com três unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 60 cidades espalhadas pelo Brasil. Em 2018, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric.