O líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), que teve, ontem, o seu gabinete e o do filho, deputado Fernando Filho (DEM), vasculhados numa operação muito estranha da Polícia Federal, pode ter sido vítima de um complô armado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, coma anuência do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Apurei, ontem, em Brasília, que Lorenzoni e Moro aguardavam apenas a manutenção de Valeixo no comando da Polícia Federal para destruir de vez a reputação de Fernando Bezerra. A invasão aos gabinetes de pai e filho coincidiu no dia seguinte a efetivação de Valeixo e após o Senado, com o voto de FBC, rejeitar a recondução de procuradores para o Ministério Público Federal, figurões ligados a Moro.
FBC vivia momento de fortalecimento no Governo, elogiado pelo presidente e estava cotado para assumir a Casa Civil, justamente no lugar do seu suposto algoz. Há cheiro de molecagem no ar.
O dedo de moro – Moro ficou muito mal no episódio. Se não sabia, perdeu completamente o controle da Policia Federal. Se estava a par de tudo, foi de uma deslealdade extrema com Fernando Bezerra e ao mesmo tempo expôs o presidente Bolsonaro. Afinal, FBC até ontem não era um senador comum, mas o escudo do Governo para missões até quase impossíveis como líder na chamada Casa Alta.
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