Adolescente de 17 anos também explicou que costumava acompanhar a namorada na volta da escola porque ela dizia temer pela própria segurança
O namorado da estudante torturada e assassinada na Praia de Maria Farinha, em Paulista, fez um apelo para que as imagens da morte parem de circular nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. “Peço que quem estiver com esse vídeo, por favor, apague e não compartilhe”. O corpo da adolescente foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) na manhã desta quarta-feira (26). O velório será nesta manhã, no Cemitério de Santo Amaro, e o enterro está previsto para as 14h, no mesmo local.
Duas adolescentes de 15 anos são suspeitas de terem cometido o ato infracional correspondente a homicídio, que foi filmado em um vídeo de oito minutos que vem circulando nas redes sociais. Ambas foram apreendidas. O namorado da vítima explica que costumava acompanhar a namorada na volta da escola porque ela dizia temer pela própria segurança. “Ela se mudou para a casa da mãe há dois meses. Acho que estava com medo de alguma coisa. Ela não me dizia, mas acho que estava sendo ameaçada. Ela me mostrou algumas cicatrizes”.
O adolescente, que esteve no IML acompanhando a família da estudante, contou que quando a namorada não respondeu as últimas mensagens enviadas por ele, começou a temer pelo pior. “Quando deu 10h e eu vi no WhatsApp que ela não estava mais visualizando as minhas mensagens, eu já tinha pressentido que tinha acontecido alguma coisa”, lembra.
O último encontro entre os dois foi pela manhã, poucas horas antes da adolescente ser morta. “Ela estava indo para a escola. Pediu R$ 10 e uma corrente que estava no meu pescoço. Eu dei e disse a ela: ‘cuidado, vá direto para a escola’ e falei que a amava. Foi uma crueldade, uma barbaridade”. Apesar da pouca idade, o casal já fazia planos para uma vida a dois. Segundo ele, os dois estavam inclusive construindo uma casa para que pudessem morar juntos.
Por: Op9