O afastamento do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, e a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis ilegalidades cometidas no âmbito da Operação Lava Jato foram defendidos pela deputada Teresa Leitão (PT), na Reunião Plenária desta quarta (12). As solicitações fazem parte de um manifesto conjunto de partidos de oposição ao Governo Federal, e ocorrem após a divulgação de conversas entre o então juiz e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato, em Curitiba (PR).
No documento – assinado por PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL e PCB – é exigido o afastamento imediato de seus cargos públicos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e dos procuradores da República que atuam na força tarefa da Lava Jato. “A democracia está ameaçada e a simples dúvida sobre a atuação idônea de membros da magistratura e do Ministério Público é prejudicial às instituições”, diz o texto, lido na íntegra pela deputada. Além disso, os partidos defendem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional para apurar as condutas reveladas nos vazamentos.
“Os partidos de oposição entendem que o combate à corrupção é medida indispensável para a redução das desigualdades sociais e o desenvolvimento do Brasil. Ainda assim, é intolerável que juízes e procuradores mantenham uma relação promíscua que resvala para a degeneração institucional”, declara o manifesto.
Teresa Leitão destacou, ainda, que Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept e o marido dele, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), estariam sofrendo ataques homofóbicos e ameaças por conta da publicação dos diálogos envolvendo integrantes da Lava Jato. “Manifesto solidariedade irrestrita aos dois. Exigimos a garantia de integridade física das pessoas que estão sendo atacadas, e também a liberdade para o exercício do jornalismo”, afirmou.