Uma falta de respeito vem tomando conta das vidas dos que querem trabalhar como barraqueiros no São João de Araripina. O que está acontecendo é que o prefeito da cidade, Raimundo Pimentel, contratou uma empresa de fora e está impondo preços absurdos, prejudicando os trabalhadores que realmente precisam ganhar seu dinheiro e sempre trabalharam com suas barracas.
Na gestão passada, a barraca grande custava 800 reais, agora custará 3 mil reais, já a de lanches era 400 reais, a atual 2 mil reais, a barraca de isopor que custava 300 reais e agora com Raimundo Pimentel, custará 1.500 reais. Uma total falta de respeito e descaso com esses trabalhadores da cidade.
Será que em cinco dias de festa dá pra tirar o valor que está sendo cobrado pra colocar a barraca?
Agora a pergunta que não quer calar: a Itaipava concorda com todo esse desmando que está acontecendo? De acordo com o depoimento de um barraqueiro que esteve presente na reunião com a empresa, o São João de Araripina não beneficiará nada a vida deles. “Só quem tá ganhando é a empresa, nós trabalhadores da cidade não vamos lucrar nada”, afirmou.
Ainda na reunião, o representante da empresa afirmou que se os barraqueiros presentes não quisessem trabalhar, tinha muita gente de fora querendo, como mostra no vídeo.
Se não bastasse o preço abusivo das barracas, a empresa obriga os barraqueiros a comprarem as bebidas a ela, com valores altos e acima do mercado.
Por fim, com a privatização do São João de Araripina, quem está se dando bem mesmo é só a empresa organizadora. O povo, ao contrário, se viu constrangido em não poder levar bebidas e alimentos para um evento custeado pelos cofres públicos e de ter que dividir o espaço principal da festa, na frente do palco, com área VIP, isso num evento público. Dessa vez a insatisfação vem dos barraqueiros, tolhidos do seu direito de trabalhar devido aos altos preços impostos pela empresa contratada pela gestão Pimentel.
A população está esperando uma posição do prefeito Raimundo Pimentel, que até agora parece não se importar com essa questão.