A possibilidade de um aumento de 17,66% nas tarifas de água e esgoto da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi questionada pela deputada Priscila Krause (DEM) na última terça (30). Em discurso na tribuna, ela atribuiu o índice, calculado pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), à inadimplência do Governo do Estado com a empresa pública.
“Um dos fatores levados em consideração no cálculo da revisão tarifária é o nível de inadimplência por parte dos consumidores. Porém, um dos maiores devedores da Compesa é seu próprio dono: os prédios da administração pública estadual devem mais de R$ 40 milhões à companhia em contas atrasadas, o que é vedado pela lei das estatais e pelas boas práticas da gestão pública”, informou a parlamentar. “Há contas vencidas desde 2017”, frisou.
Ainda segundo a democrata, somente o Palácio do Campo das Princesas, sede do Poder Executivo, possui uma dívida de R$ 64 mil em saneamento. “Se existir um aumento nas tarifas, o cidadão vai estar pagando três vezes pelo serviço de muito má qualidade que recebe: a própria conta, os impostos que geram os recursos que o Estado deveria usar para pagar suas despesas e, ainda, a inadimplência do Governo”, observou Priscila. ( Alepe).