Os seis vereadores de Oposição de Petrolina Cristina Costa, Domingos de Cristália, Elismar Gonçalves, Gabriel Menezes, Gilmar Santos e Paulo Valgueiro avisaram que vão continuar fiscalizando atentamente os projetos do Executivo Municipal. Votaram a favor do pedido de remanejamento com a promessa de resolver o problema de saneamento do Bairro Dom Avelar, mas cobram transparência do Projeto de Lei PL n°035, aprovado, em 2017, pelos vereadores da bancada do prefeito, para o empréstimo junto a Caixa Econômica Federal de R$ 60 milhões.

Nesta terça (28), mais um Projeto do Executivo Municipal entrou de última hora na Casa Plínio Amorim, desta vez o PL 007/2019 pedindo o remanejamento, sem detalhamento do aporte financeiro que será utilizado para a obra do Bairro. A oposição estima que seja de R$ 6 milhões, do contrato de financiamento n° 0504.462 DV 64 para execução de obras de saneamento básico e drenagem no Bairro Dom Avelar, zona norte de Petrolina, porque antes mesmo de ter o recurso para obra, propagandas institucionais da prefeitura ventilaram que o prefeito resolveria o problema do bairro com o recurso de R$ 6 milhões.

Os vereadores da Bancada de Oposição serão vigilantes com a promessa de resolver os problemas do bairro, que há anos aguarda sair da lama. Os vereadores aprovaram a reformação do recurso e mais uma vez solicitaram da base aliada do prefeito detalhamento da obra com a promessa de acabar com o problema do saneamento no Bairro. “Somos a favor do projeto que tem como principal objetivo tirar os moradores do Dom Avelar da lama. Seremos sempre a favor do povo, mas vamos continuar cobrando transparência. No projeto do prefeito não diz sobre o valor, o projeto mais uma vez vem sem informações para a provocar a Bancada de Oposição, que vem desde o início da gestão pedindo transparência. Vamos contar com o Ministério Público para que Petrolina seja a cidade da realidade e não da propaganda”, disse Paulo Valgueiro, líder da Bancada de Oposição.

“Nós somos contrários a empréstimos, somos contrários, somos contrários a endividamentos, porque temos que ter a capacidade de gerir os recursos e de buscar sem prejudicar o município, mas nós [da Oposição] somos responsáveis, o Projeto de empréstimo já foi aprovado e dizem que já foi contratado, embora os vereadores do prefeito tenha reprovado nosso requerimento pedindo informações sobre os gastos desse orçamento, as regras do contrato. Nós somos responsáveis e aprovamos o remanejamento para execução da obra no Bairro Dom Avelar”, acrescentou Valgueiro.

O líder ressaltou ainda que a bancada será vigilante a operação dessa prometida obra no Bairro cobrando prazo de execução, qualidade e transparência. “Há mais de 20 anos começaram essa obra, e a própria família do prefeito começou a obra de forma errada na Bacia do Dom Avelar e vem se arrastando durante todos esses anos. É importante lembrar que primeiro o prefeito Miguel Coelho anunciou com inúmeras propagandas que ia resolver o problema que a Compesa não resolveu, e agora enviar para a Câmara um Projeto de Lei com o pedido de urgência urgentíssima para o remanejamento desse empréstimo. Somos favoráveis, nas vamos continuar atentos”, disse.

O vereador Gabriel Menezes também criticou a falta de transparência do prefeito Miguel Coelho. “Alardeiam força política, mas quero ver força política para trazer emendas, fazer convênios, ir à Caixa e pegar empréstimo não é demonstração de força política. Estamos cobrando transparência desde que os empréstimos de R$ 60 milhões e recentemente R$ 17 milhões foram aprovados aqui, lembramos sem o nosso voto [a Oposição] pedimos transparência e o Governo não manda dizer nada sobre esse endividamento do município. O prefeito Miguel Coelho fez propaganda de campanha dizendo que se abraçaria com a Compesa para resolver os problemas de saneamento e esgotamento sanitário de Petrolina, mentiu para ganhar a eleição e rachou com a Companhia assim que que foi eleito. Chegou a ir no bairro e pediu 100 dias aos moradores para apresentar uma solução e agora está querendo terceirizar os serviços financiando a obra em 35 anos, algo que gera lucros para a Compesa, num processo atropelado como, infelizmente, já prevíamos não seguindo a Lei Federal do Plano Nacional de Saneamento Básico”.