Após o término do processo eleitoral de 2018, marcado por uma intensa batalha de argumentos e polêmicas, especialmente nas redes sociais, são necessárias posições que ajudem o povo brasileiro. Durante a campanha, os comportamentos dos candidatos contribuíram para aumentar as polêmicas. A falta de análise dos principais problemas do País também foi destaque nesse processo. Surgiram atos de violência, acusações e notícias falsas, influenciando os ânimos e a tomada de decisões.

Enfim, os dias se passaram e o pleito decorreu em paz. Como dizem alguns, agora estamos vivendo o rescaldo das eleições, período no qual perguntas e indefinições sobre os destinos do País são diversas.

Apesar de tudo somos todos brasileiros. Existe um anseio geral para que o nosso País se desenvolva bem, esperamos ter uma economia estável, desejamos diminuir os índices de desigualdade – que são extremos – e carecemos de um fortalecimento do sistema educacional. Necessita-se reduzir o déficit habitacional, pois ainda temos muita gente sem casa para morar.

Entre outros desafios, apresenta-se o alto nível de desempregados, e o ser humano sem emprego tem a sua dignidade afetada. Carecemos de segurança, os pais precisam perder o medo de que seus filhos não voltem para casa, precisamos de liberdade para ir e vir, para acreditar e não acreditar, liberdade para expressar opiniões e não ter medo de represálias.

Sendo assim, precisamos nos unir como brasileiros e buscar o bem comum, lembrando sempre de ajudar os pobres, apoiar aqueles que sofrem, lembrar das crianças e daqueles que estão no processo de formação. Atender os idosos em suas carências, físicas e mentais. Sem falar que ainda temos índices alarmantes de desigualdade no Brasil – é o décimo País mais desigual do mundo, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), elaborado pelas Nações Unidas.

Cabe às principais categorias desse País darem a sua contribuição para que as melhorias atendam a todos. Aos professores e professoras, cabe o bom ensino; aos políticos, cabe a boa política, sem negociações fraudulentas, sem corrupção e injustiças; aos médicos, cabe os verdadeiros cuidados com os pacientes; aos militares, cabe a boa defesa do País e dos cidadãos.

Às famílias, por sua vez, cabe seguir os princípios e valores ensinados pelos antigos; à religião, cabe ser pura e sem interesses dúbios; aos trabalhadores, cabe o compromisso pelo desenvolvimento do País.

Somos todos brasileiros em busca de uma cultura de paz que ultrapasse os interesses pessoais e se estenda para o bem comum. Devemos sonhar e buscar um País melhor, onde o bem-estar de toda a população seja um compromisso de todos.

Esse texto parece utópico, sendo que não leva em conta as diferentes ideologias que permeiam o contexto social brasileiro, mas se não sonharmos ou trabalharmos por um País melhor, não seremos todos pertencentes à mesma nação.

Autor: Cícero Bezerra é coordenador do curso de Teologia Bíblica Interconfessional do Centro Universitário Internacional Uninter.