Crescem os rumores de uma possível filiação do Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho ao Partido Socialista Brasileiro, o mesmo do presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro. Recentemente, o filho do Senador Fernando Bezerra Coelho (DEM) confirmou que esteve reunido com o presidente da sigla em Petrolina, Julio Costa, e que as portas estão abertas para a escolha de uma nova legenda, já que foi praticamente expulso do PSB.

A escolha de uma nova legenda é natural, visto que o pai, o Senador Fernando Bezerra Coelho; o irmão, o Deputado Federal, Fernando Filho; e o caçula, Antônio Coelho, filiaram-se ao Democratas após um racha com o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O grupo apoiou o presidenciável Geraldo Alckimin (PSDB) no primeiro turno das Eleições 2018. Na disputa entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) todos ficaram em silêncio e deixaram a escolha pela consciência popular.

A neutralidade de Miguel Coelho no segundo turno pode ser estratégica. Jair Bolsonaro teve votação fraca dentro de Petrolina. Apenas 31.97% do eleitorado queria o Socialista como Presidente. Indispor-se com o sentimento popular não é viável para o momento, já que o prefeito deve tentar uma reeleição.

Com a possível entrada no PSL e pelo poder que tem nas mãos, Miguel Coelho deve comandar a legenda dentro de Petrolina. “Isso ‘cai por terra’ até pela neutralidade que o Prefeito declarou nesse segundo turno. A entrada dele seria uma grande surpresa. Quando a gente quer apoiar, a gente veste a camisa. Eu não compactuo com isso. Na política tudo pode acontecer, inclusive nada”, analisou o vereador de Petrolina, Gabriel Menezes (PSL).

A filiação – mesmo que apenas no campo da suposição – gera desconforto. O parlamentar faz oposição ao Governo Municipal dentro da Casa Plínio Amorim e nunca economizou críticas ao Prefeito. “Politicamente, ele está de um lado e eu do outro. Infelizmente, eu devo admitir que Miguel é oriundo da escola do pai e o lado de Fernando Bezerra Coelho sempre foi o lado da sombra”, afirmou.

Gabriel reconhece a força política do grupo encabeçado por FBC, mas afirmou não compactuar com as estratégias estabelecidas, que priorizam, segundo o parlamentar, utilizar-se das oportunidades de inserir cada vez mais membros no cenário político, como fez com três filhos. “Ele é a personificação do oportunismo. Ele sempre está ao lado de quem está com a chave do cofre e a caneta na mão. O grupo tem uma força política muito grande”, enfatizou.

Grande Rio FM/FOTO