Fernando Moraes, autor da obra “A arte de pertencer”, eleva o nível do debate sobre ações humanitárias e mostra que para se sentir bem, o ser humano precisa do bem-estar do outro

Na última quarta-feira (17/10), diversas personalidades se reuniram na Biblioteca Parque Villa-Lobos para refletir sobre caminhos possíveis de um mundo mais solidário, no evento “Conviver é possível?”. Muito tem se falado na mídia sobre pessoas que lutam por uma sociedade melhor, mais justa e humana, algo que anda tão escasso em tempos de globalização. E uma figura que não pode faltar quando o assunto é protagonismo cidadão e participação ativa é Fernando Moraes, autor da obra “A arte de pertencer”, tão necessária para o convívio social.

Fernando Moraes, filósofo social, palestrante, humanista, professor universitário e voluntário em projetos sociais, aborda em seu livro o sentimento de pertencimento do ser humano em relação ao mundo e sociedade à sua volta. Quando as pessoas realmente olham para o outro, além do modo convencionalizado pela rotina insana da globalização, chegam à conclusão de que não, não está tudo bem! E por que não despertaram antes de tal torpor? Fernando explica:

Desenvolver a “cultura do Pertencer” significa torná-la real e cotidiana, e para isso é necessário o envolvimento e a vontade de todos para o rompimento do modelo do Dano, ou seja, do discurso fatalista, do “Oh, vida, oh, céus” ou “As coisas são assim mesmo e não mudam”, e desse modo nos revestirmos com a perspectiva do modelo do Desafio, do que tem de ser feito, correndo riscos e buscando alternativas para sair deste Estado conformista, da coisificação.

Com sua obra, “A arte de pertencer”, Fernando mostra o quanto as pessoas podem modificar, muitas vezes com suas próprias mãos, a realidade ao seu redor. O autor incita a vontade de mudança no leitor, que passa a ver que nada é automático e tudo pode mudar com sua ação. Enquanto as pessoas não se reconhecem como indivíduos equivalentes, como frisa o autor, toda a sociedade sofre e este panorama só pode ser modificado com o despertar do ato de Pertencer.