O candidato à presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (10) que o principal problema da crise penitenciária no Brasil é falta de informação e gestão. A declaração foi dada em sabatina realizada pela rádio CBN e o portal de notícias G1.
Durante a entrevista, o candidato foi indagado sobre a fuga de detentos da penitenciária de segurança máxima na Paraíba que ocorreu na madrugada desta segunda feira (10). Meirelles respondeu que, para solucionar problemas como esse, pretende implantar em seu governo um Sistema Unificado de Informações de Segurança centralizado com a Polícia Federal.
Segundo ele, violência se combate com inteligência e, por isso, é necessário usar a tecnologia e realizar o bloqueio do contrabando de armas, monitorar as fronteiras e dar estrutura para os policiais, como armamento e viaturas.
“Temos que mapear toda a ação do crime e ter ações preventivas. Então, antes de mais nada, não podemos ter agentes prisionais na madrugada pegos de surpresa em menor número e sendo superados por bandidos bem armados. Temos que ter inteligência, preparo, mapear os bandidos e ter ações preventivas”.
Meirelles explicou que economia do Brasil precisa estar funcionando bem para oferecer recursos no combate à violência. Segundo ele, o recurso é importante para resolver os crimes, ter um sistema de julgamento mais rápido e investir no sistema de informação. O candidato também destacou a importância das delegacias para mulher.
“As delegacias femininas têm que operar o tempo todo, 24 horas por dias, 7 dias da semana. Não pode, como acontece hoje, inclusive em São Paulo, fechar no fim de semana. Delegacia da mulher é para proteger a mulher. A maior parte da agressão contra a mulher acontece fim de semana e fim de semana a delegacia está fechada, não pode. Temos que operar isso de uma maneira eficiente. É aquilo que aplico, foco no resultados. Temos que diminuir o número de homicídios”.
Ainda na sabatina, o presidenciável falou sobre a proposta de reajustar a tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação. Segundo Meirelles, a arrecadação não foi alterada anteriormente porque o Brasil vivia com um déficit de R$ 170 bilhões. Ele cita que esse reajuste só seria possível com a aprovação de reformas ou com o aumento de outros impostos.