ESTADÃO
RECIFE – No primeiro dia de propaganda eleitoral no rádio e na TV em Pernambuco nas eleições 2018, os candidatos mais competitivos ao governo do Estado repetiram a estratégia que vem sendo executada desde o período de pré-campanha: o de se vincular a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014.
O governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB) e seu principal opositor, senador Armando Monteiro Neto (PTB), mesclaram discursos e imagens das respectivas convenções partidárias com menções ao petista, que está preso em Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro desde abril.
Armando Monteiro Neto
Câmara e Monteiro lideram a corrida ao Palácio do Campo das Princesas. De acordo com pesquisa Ibope de intenção de votos divulgada no dia 20 de agosto, o governador tem 24% da preferência do eleitorado enquanto o senador registra 21%. O levantamento, com margem de erro de três pontos porcentuais para mais e para menos, mostra que a disputa reedita a polarização da disputa travada em 2014 entre os dois candidatos.
“Quero aproveitar para fazer uma homenagem e (prestar) a minha solidariedade aquele que querem calar a voz, mas o povo de Pernambuco não vai deixar não. O meu abraço ao ex-presidente Lula, Lula livre. É hora de saber muito bem de que lado a gente está, é hora de saber quem está do lado do povo e quem está do lado do Temer, quem está do lado do bem e quem está do outro lado”, afirma o governador na propaganda. Câmara também lembrou Campos e o avô, Miguel Arraes, morto em 2005.
Com fotografias ao lado de Eduardo Campos e de Lula, Armando Monteiro diz “que é o mais preparado” para governar e alfineta o adversário que aparece em imagens em preto e branco. “Pernambuco terá um governador com autoridade”, afirmou.
Principal candidato de oposição, Monteiro abriu sua campanha nas cadeias de rádio e TV exibindo trechos de reportagens sobre o aumento da violência no Estado, greve dos servidores da educação, enchentes e palafitas. Após mostrar imagens do eixo leste da transposição do São Francisco, obra iniciada pelas gestões petistas, o candidato critica o atual governador.
“Pernambuco está andando em duas velocidades, a do governo que é lenta, câmera lenta, e a do povo que exige com urgência a solução para seus problemas. Nós fomos experimentar alguém que não estava treinado e estamos pagando um custo alto”, declarou o petebista.