O caso dos cadernos da corrupção levaria a ex-presidenta argentina Cristina Kirchner à prisão se não fosse senadora e não tivesse imunidade. Nesta segunda-feira, 17, um juiz processou e pediu a prisão preventiva da ex-mandatária, acusada de chefiar uma organização criminosa que tinha como objetivo arrecadar propinas milionárias de empresários por obras públicas. O juiz Claudio Bonadio a acusou também de cometer os crimes de corrupção passiva e tentativa de suborno em várias ocasiões.
A prisão de Kirchner só será possível se dois terços dos s concessões viárias Claudio Uberti. Muitos testemunharam se dizendo arrependidos, mas a lei prevê benefícios judiciais para eles a partir da etapa de julgamento desde que o tribunal considere que suas contribuições foram relevantes à investigação.
O caso explodiu no começo de agosto a partir das minuciosas anotações de Oscar Centeno, chofer de Roberto Baratta, o homem forte de De Vido. Durante 10 anos, Centeno anotou em oito cadernos escolares centenas de viagens com malas carregadas de dinheiro, produto de supostas propinas que construtoras pagavam em troca de contratos com o Estado. O caso não parou de crescer até se transformar em um escândalo sem precedentes que, como a Lava Jato, envolve ex-funcionários, empresários poderosos e até juízes.
Bonadio acha que existem indícios que permitem sustentar que Baratta e outros funcionários da pasta efetuaram as cobranças a diversos particulares e que o dinheiro depois foi levado, “na maioria das oportunidades”, em veículos guiados por Centeno.
“A partir disso e antes de receber a porcentagem que correspondia aos seus serviços, vinham entregar os fundos arrecadados a outros funcionários”, que “por fim os entregavam aos verdadeiros beneficiários da manobra ilícita”: Néstor Kirchner, Cristina Kirchner e Julio de Vido, acrescentou.enadores aprovarem a perda de seu foro privilegiado, uma possibilidade que “por fim os entregavam aos verdadeiros beneficiários da manobra ilícita”: Néstor Kirchner, Cristina Kirchner e Julio de Vido, acrescentou.
Fonte: EL País