Trabalhadores dos Correios de Petrolina aderem à greve por tempo indeterminado (Foto: Leciane Lima/ TV Grande Rio )

No sertão de Pernambuco, trabalhadores dos Correios de Petrolina aderiram à greve por tempo indeterminado e os atendimentos estão suspensos nas agências da cidade. Uma das principais reivindicações é a cobrança de mensalidades e a retirada de dependentes do plano de saúde. Além da alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários e o fechamento de mais de 2.500 agências próprias por todo o Brasil.

De acordo com presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios, Antônio Lira, 90% dos trabalhadores de Petrolina estão paralisados por tempo indeterminado. “Mais uma vez os ataques do Governo federal vêm de encontro aos interesses dos trabalhadores. Eles querem tirar nossos pais e nossos dependentes do nosso plano de saúde, uma coisa que nós não concordamos. E tem outros ataques com o fechamento de agências, demissão e perseguição”.

Faixas são fixadas na frente da Agência dos Correios de Petrolina (Foto: Leciane Lima/ TV Grande Rio )

Ainda segundo Lira, os atendimentos serão suspensos nesta segunda (12) em Petrolina. “O serviço dos Correios de Petrolina já é um pouco precário pela falta de pessoal. Não acho que vai ter entrega de encomenda de hoje ou Sedex. Não vai ter atendimento nenhum, porque todos os trabalhadores estão paralisados. A população vai ter que entender”, explica.

Em nota, a assessoria dos Correios informou que a greve é um direito do trabalhador. Esclareceu ainda que o plano de saúde, principal pauta da paralisação foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos.

Por G1 Petrolina