O PT de Pernambuco tem um histórico de altos e baixos. Na eleição do ano 2000, João Paulo tinha tudo para perder para Roberto Magalhães, então prefeito, mas ganhou. E se reelegeu em 2004 e fez o sucessor em 2008 (João da Costa). Em 2006, Humberto Costa tinha tudo para ganhar de Eduardo Campos na disputa pelo governo estadual, “casando” o 13 dele com o 13 de Lula, que concorria à reeleição, mas perdeu. Em 2010, o PT apoiou a reeleição de Eduardo, emplacando Humberto no Senado e em 2014 apoiou Armando Monteiro, que perdeu para Paulo Câmara.
Agora, o PT vive uma situação inusitada. Em seu momento político mais difícil, consequência da Lava Jato e da condenação de Lula, tem um quadro político em Pernambuco, Marília Arraes, que deseja disputar o Governo do Estado e está provando nas pesquisas que tem viabilidade política e eleitoral.
Ela tem tudo para ser o “novo” dessas eleições. Até porque os quadros do PT envelheceram e Paulo Câmara e Armando Monteiro não são mais novidades. Em sendo candidata, ela levará, com certeza, a eleição para o segundo turno, podendo ela própria ser um dos finalistas. Mas em nome do pragmatismo eleitoral, nem João Paulo nem Humberto Costa têm interesse nessa candidatura.
Defendem aliança com o PSB, esquecidos de que o interesse desse partido não é o tempo de TV do PT e sim tirar a neta de Arraes do seu caminho.
Inaldo Sampaio.