Pernambuco registrou a primeira morte por suspeita de arbovirose do ano. Uma mulher, de 39 anos, moradora de Moreno teve a notificação do óbito no último dia 26. A causa da morte, no entanto, ainda não foi confirmada. Ano passado, nos primeiros dias, já tinham sido notificadas quatro mortes sob suspeita de arbovirose. Ainda de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, 50 municípios pernambucanos estão em situação de risco de surto, outros 83 estão em situação de alerta e apenas 47 têm situação considerada satisfatória. Ibimirim, Passira, Tracunhaém e Venturosa não informaram.
Segundo a SES, somente após o diagnóstico laboratorial será possível ter a confirmação da causa da morte. Para isso, é feita uma minuciosa investigação domiciliar e hospitalar do óbito e uma discussão do caso no Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses.
NOTIFICAÇÕES DE ARBOVIROSES NO ESTADO EM 2018
Entre 31 de dezembro e 27 de janeiro, foram notificados 408 casos de dengue em 62 municípios do estado. Desses, 20 já foram confirmados. No mesmo período de 2017, foram 953 cassos suspeitos. A redução é de 57,2%.
Para chikungunya, foram 100 notificações em 46 cidades com dois casos já confirmados. No mesmo período do ano passado, foram 450 registros, o que significa uma redução de 78%.
Em relação ao zika vírus, já foram 14 notificações em cinco municípios. Todos os casos seguem em investigação. No ano passado, no mesmo período, foram 78 registros, a redução é de 85,7%.
FEBRE AMARELA
Nesta quinta-feira, a Secretaria de Saúde deu início à vigilância sentinela de macacos para averiguar possíveis causas para mortes de primatas, que podem ser por doenças como raiva, febre amarela ou outras zoonoses, no estado. A vigilância de epizootias é uma das estratégias para detecção precoce do vírus da febre amarela, já que os macacos doentes funcionam como sentinelas para a vigilância dessa doença em humanos (o mosquito pode se infectar com o animal e, em seguida, repassar para humanos). Em Pernambuco, não há registro da circulação da enfermidade desde a década de 1930. Até o momento, nenhum caso humano ou animal foi diagnosticado em Pernambuco. É importante destacar que o estado não é uma área com recomendação de vacinação para febre amarela. Somente devem ser vacinadas as pessoas que, comprovadamente, se deslocarão para as áreas de risco e/ou com recomendação de vacinação.