O Delegado de Polícia Civil Marcone Ferreira esteve no programa Nossa Voz, na manhã desta quinta-feira (15) onde fez um balanço do trabalho da polícia no combate à violência em Petrolina, e o Estado ainda com números altos em relação a mortes, onde somente este ano mais de 620 assassinatos foram registrados em Pernambuco.

Mas falando especificamente do caso da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada há dois anos dentro do Colégio Maria Auxiliadora que até hoje não foi solucionado, Marceone que passou recentemente pelo caso também, e questionado se acredita ser um caso sem solução, Marcone disse que não. “O que está faltando é a qualificação do autor, pois o autor foi identificado nas imagens, é um avanço significativo nas investigações. O autor já está lá na imagem, há vídeos, fotos do autor desse crime, então a gente precisa avançar no sentido de saber quem é”,

O Delegado disse não restar dúvidas de que homem que aparece nos vídeos postados pela polícia e a família de Beatriz é mesmo do autor do crime que chocou o Sertão. Ele negou que aja limitação nas investigações, mas o que se faz necessário uma longa investigação com a recuperação de imagens, fotos, com o apoio das perícias. “A gente tem avançado nas investigações, hoje temos a frente do caso a Poliana Nery até mesmo porque há necessidade, não tem nada disso de que delegado A ou B é pior, na verdade não tem como um único delegado ficar sempre nos mesmos casos, pois ele tem outras atribuições e a SDS tem entendido que há a necessidade de fazer esse revezamento. Essas mudanças não atrapalham no processo porque tudo é passado, todos os detalhes são passados para o outro delegado que assume e ele só vai dar continuidade”,  esclareceu.

De acordo com ele a população não deve perder as esperanças para a elucidação do caso Beatriz, pois a polícia não vai deixar de buscar a solução até que se consiga qualificar o autor, que já está nas imagens”.

O Disque-Denúncia tem recebido constantemente centenas de denúncias e todas são checadas para verificar a veracidade, e de acordo com o Delegado não há descaso com a investigação do caso Beatriz. “É um caso que a SDS deu prioridade 1 até que se esclareça o crime”.

O caso

Beatriz foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra.

Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. Até hoje ninguém foi preso.

Programa Nossa Voz