A defesa do ex-presidente Lula vai usar no julgamento do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) uma aparente contradição do juiz federal Sergio Moro para tentar reverter a sentença em que o político foi condenado a nove anos e seis meses de prisão.

Moro não poderia ter julgado o caso após afirmar que os recursos para a reforma do tríplex não têm relação com os desvios da Petrobras, segundo defensores de Lula.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli decidiu que o juiz de Curitiba só pode julgar os casos relacionados à estatal petroleira.

A relação entre a reforma e os desvios da Petrobras era o cerne da acusação dos procuradores contra Lula.

Na sentença em que condenou Lula, de 12 de julho do ano passado, o juiz diz que o recursos para a reforma do tríplex, no valor de R$ 3,7 milhões, saíram de conta que o grupo OAS tinha com o PT “decorrente da contratação dele [o grupo OAS] pela Petrobras”.

Folha de S.Paulo