Uma investida contra um carro-forte no município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR), a 30 quilômetros da Capital, foi registrada na noite de ontem (12), por volta das 18h30, na rodovia BR-232, nas proximidades do Moreno Park Aquático. No ataque, houve tiroteio e explosão do carro-forte. Duas pessoas foram feridas. A investida causou também um longo congestionamento na BR no sentido Interior-Recife.

Os bandidos chegaram em três carros e interceptaram o carro-forte da empresa Preserve, que ia no sentido Moreno-Recife. Houve troca de tiros e a explosão do carro-forte, cuja porta foi arremessada no canteiro, do outro lado da pista. No confronto, ficaram feridos dois vigilantes da Preserve – Rogério Arruda e outro identificado como Gustavo -, alvejados nas pernas. Já outros dois vigilantes saíram ilesos. Os criminosos conseguiram fugir levando o dinheiro do malote. A quantia não foi informada.

Este foi o primeiro ataque a carro-forte este ano em Pernambuco, segundo o Sindicato dos Vigilantes do Transporte de Valores do Estado de Pernambuco (Sindforte). Em 2017, o sindicato contabilizou 18 casos.

“O potencial de fogo dos criminosos é muito grande. Todo mundo sabe que nossas armas são ultrapassadas. Nem a própria polícia, que faz nossa segurança, é capaz de competir com as armas deles”, comentou o vice-presidente do Sindforte, Marco Aurélio Soares.

De acordo com Marco Aurélio Soares, a ação foi muita rápida. “Os vigilantes vieram na BR, no sentido Recife, foram interceptados por um Renault Duster e já foram sendo recebidos à bala, sendo alvejados, sem condições de reagir ao assalto”. Depois do ataque, cartuchos de balas podiam ser vistos pelo chão e o Renault Duster cor prata foi abandonado com uma metralhadora .50 dentro do veículo.

Menos de três horas depois, um carro modelo Logan estava queimando à beira da BR-232 a cinco quilômetros do local do ataque, no sentido do Recife, defronte a um portão de uma propriedade particular. A polícia acredita que foi um dos outros veículos utilizados no assalto ao carro-forte. Bombeiros apagaram as chamas que ainda queimavam por volta das 22h30.

O vice-presidente do Sindforte reclamou da insegurança. “A violência está muito grande em Pernambuco. Hoje a gente sai para trabalhar em um carro-forte desse e não sabe se volta para casa. Enquanto não houver uma união entre os governos municipais, estaduais e Federal, isso não vai acabar nunca.” FolhaPE