O novo Estatuto do PSDB, que deverá ser aprovado na próxima convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 9, defenderá o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente da República.
A convenção assinalará também a eleição do governador de São Paulo. Geraldo Alckmin, para presidente nacional do partido.
Alckmin tornou-se o nome consensual dentro do partido para evitar um “bate-chapa” entre o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO).
O ex-presidente FHC conversou com ambos e conseguiu que eles retirassem suas candidaturas em favor de um “tercius”. Falta ainda convencer o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, a desistir de sua candidatura a presidente da República, em nome da unidade partidária, algo que FHC deverá tentar mais adiante.
A redação do novo Estatuto do PSDB está sob responsabilidade do deputado Carlos Sampaio (SP), ex-líder do PSDB na Câmara Federal.
Ele vai sugerir também que a distribuição dos recursos do partido seja decidida pela executiva nacional e não apenas pelo presidente, como ocorre hoje.
Além do presidente Alberto Goldman, participaram da reunião os deputados Carlos Sampaio, Eduardo Cury, Ricardo Trípoli, Giuseppe Vecci, Sílvio Torres, João Gualberto, Yeda Crusius, Marcus Pestana e Jutahy Magalhães, os senadores Dalírio Beber e Flexa Ribeiro e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, ex-deputado José Aníbal.
Antes da reunião da executiva, a Polícia Federal deflagrou em Alagoas a “Operação Caribdis” para investigar desvio de recursos da obra denominada “Canal do Sertão” e um dos alvos dela foi o ex-governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), que já presidiu o PSDB.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas nas cidades de Maceió, Salvador, Limeira (SP) e Brasília.
Os investigados são acusados de fraude a licitação, desvio de verbas públicas, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A obra foi licitada pelo Governo do Estado de Alagoas entre 2009 e 2014.
Segundo a PF, a investigação apontou a existência de acordo para divisão de lotes da obra com a Construtora OAS.
Quando teve o seu nome citado na delação premiada dos executivos da Odebrecht, a assessoria do ex-governador divulgou a seguinte nota: “O ex-governador Teotônio Vilela Filho reafirma que em sua vida pública nunca negociou favores ou autorizou quem quer que seja a negociá-los em seu nome. Diz também que as doações para suas campanhas eleitorais sempre ocorreram de forma legal e todas declaradas à Justiça Eleitoral”.