O novo diretor geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, não quis falar sobre as críticas feitas pelo ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot. Mais cedo, à Reuters Janot disse que Segóvia foi escolhido para o cargo para frear as investigações dos políticos na Lava Jato.

“Não sei quais foram as declarações, ainda vou ler. Não posso prejulgar. Quando eu as ler e souber, posso falar alguma coisa”, desconversou.

Antes, em seminário no Centro do Rio, ele elogiou a operação. Disse que o “governo organizado” estava agindo contra a corrupção.

“O país está mudando. Algumas pessoas não estão se apercebendo disso, outros estão acordando para o problema. Acredito que o país inteiro espera e já vem vendo as mudanças que estão sendo engendradas na parceria da polícia federal, ministério público e justiça federal”, afirmou.

À agência de notícias, Janot – que também criticou a sua sucessora Raquel Dodge – afirmou: “Segóvia veio para cumprir uma missão: de desviar o foco dessa investigação. Ao que me parece, pelas declarações que deu, ele tem a missão de desacreditar as investigações ou as investigações que envolvem essas altas autoridades da República brasileira. E nas investigações ele pode ter o efeito de atrapalhar sim”.