No dia 07 de setembro deste ano, uma criança completava 11 anos e comemorava junto aos familiares nas margens do Rio São Francisco, em um balneário conhecido como ‘Prainha’, na Orla II de Juazeiro, na Bahia. Mas o que era para ser um dia de comemoração, acabou com uma grande tragédia: o menor desapareceu nas águas e morreu afogado. Este não é um caso isolado. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, sete pessoas foram vítimas de afogamento no local em 2017.

Somente depois deste incidente, foram colocadas placas informativas alertando às pessoas que utilizam o local para banho. Entretanto, a ação tardia não tem mudado o cenário de perigo e mortes por afogamentos continuam sendo registradas na área. O 9º grupamento de Bombeiros Militares (GBM) informou que a área é imprópria para banho. “É um local proibido para banho, mas é um balneário bem frequentado. Só que se ali é o lazer de muita gente carente, não pode tirar assim”, informou o Major Tarcísio Ribeiro.

Nesta semana, uma Audiência Pública com a temática ‘Segurança nas Ilhas e Balneários do Rio São Francisco em Juazeiro’ foi realizada para debater a problemática. O proponente, o vereador Domingão da Aliança, explicou que o objetivo do encontro é “lutar contra essas mortes”. O filho do parlamentar também foi vítima de afogamento e morreu há cerca de um ano no mesmo balneário. De acordo com a Assessoria de Imprensa do vereador, a proposta é que sejam contratados mais guardas vidas fixos para cobrirem as áreas de banho, pois o efetivo dos Bombeiros não é suficiente para a alta demanda.

De acordo com o Major Tarcísio Ribeiro, as causas mais comuns para os afogamentos estão relacionadas à imprudência. “As pessoas acham que têm condições de nadar e vão para o meio do rio. As pessoas fazem ingestão de bebida alcoólica e entram no rio, perdendo a noção do perigo e ocorrendo o afogamento. [Esse número] pode aumentar agora no período de férias”, destacou o bombeiro. Para ele, é necessária a contratação de guarda-vidas municipais para otimizar as ações de prevenção e que aguarda posicionamento da Prefeitura de Juazeiro.

Gabriela Canário