O delegado Fernando Segóvia assumiu oficialmente, hoje, o posto de diretor-geral da Polícia Federal (PF) em uma solenidade de transmissão de cargo realizada na sede do Ministério da Justiça, em Brasília. O presidente Michel Temer, que indicou Segóvia para o comando da PF, participou da cerimônia.
Há 22 anos na PF, Fernando Segóvia foi nomeado para o cargo de diretor-geral da corporação no dia 8. Ele substitui o delegado Leandro Daiello, que comandou a Polícia Federal ao longo de 6 anos e 10 meses, período no qual foi deflagrada a Operação Lava Jato.
Daiello pediu aposentadoria da PF um dia após ser destituído da chefia da corporação. A aposentadoria dele foi publicada na edição desta segunda-feira do “Diário Oficial da União”.
Antes de assumir o cargo mais alto da PF, Fernando Segóvia pertenceu a um grupamento de elite da corporação, o Comando de Operações Táticas (COT). Ele também já atuou como superintendente da PF no Maranhão, adido policial na África do Sul e coordenador, pela PF, da Campanha do Desarmamento.
Daiello
Se aposentando da carreira de delegado, Daiello falou dos sacrifícios necessários aos policiais. “A carreira de policial não é fácil, não lhe garante uma vida fácil”, disse Daiello, lembrando, por exemplo, do afastamento da família.
“Para vencer cada batalha, todos nós tivemos que abrir mão de muitas coisas das nossas vidas pessoais. O que me faz agradecer hoje não só a minha família, mas a família de cada um dos nossos colegas, pelo estimulo, pelo carinho, por tudo que fizeram para garantir que continuássemos em frente. A carreira de policial não é uma carreira fácil, não lhe garante uma vida fácil, mas é um privilégio”, discursou o agora ex-diretor-geral da PF.
Daiello é o segundo diretor-geral que mais tempo permaneceu no cargo (seis anos e dez meses, entre 2011 e 2017) – só ficou menos que Moacyr Coelho (11 anos, entre 1974 e 1985).
Do G1