Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), eleitos senadores em chapas encabeçadas por socialistas (Eduardo Campos em 2010 e Paulo Câmara em 2014 ), são hoje dois dos principais adversários do PSB e, entre os postulantes da oposição ao governo do estado em 2018, são os que demonstram maior sintonia. Integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Armando Neto e Fernando Bezerra jogam juntos em praticamente todos os temas relativos ao Nordeste.

Ontem, o parecer favorável do senador petebista ao projeto de lei do senador José Pimentel (PT/CE), que trata do uso dos recursos dos fundos constitucionais de financiamento (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) em empreendimentos de revitalização de bacias hidrográficas, teve o apoio entusiasmado de Fernando Bezerra.

Nem poderia ser diferente: o projeto prevê que as ações de revitalização do Rio São Francisco, com verbas escassas no Orçamento da União, contarão com uma fonte adicional – empréstimos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), cujo orçamento deste ano é R$ 26,1 bilhões.

Essa é uma questão que se entrelaça com um tema explosivo, a privatização da Chesf, uma das bandeiras que o PSB usará contra seus adversários em 2018, notadamente Fernando Filho, ministro de Minas e Energia. A privatização da Chesf abre um amplo debate sobre o uso das águas do São Francisco, incluindo a revitalização do rio. O projeto aprovado pela CAE deve ser votado em regime de urgência no plenário do Senado.

De Marisa Gibson, hoje na sua coluna DIARIO POLÍTICO