Mais de 450 pessoas morreram no Irã em consequência de um terremoto de magnitude 7,3 que atingiu o país no domingo (12), informa a mídia estatal nesta terça-feira (14).

A televisão estatal iraniana disse que 452 pessoas morreram após o tremor, e ao menos 6.600 ficaram feridas. Autoridades locais estimam que o número de vítimas fatais aumentará à medida que as equipes de busca e resgate chegarem a áreas remotas do país.

Entre os mortos estão oito iraquianos – os demais são iranianos.

O terremoto foi sentido em várias províncias do oeste iraniano, sendo a mais atingida Kermanshah, que anunciou três dias de luto. Mais de 300 das vítimas estavam no condado de Sarpol-e Zahab, em Kermanshah, situado a cerca de 15 km da fronteira com o Iraque.

A TV estatal iraniana disse que o tremor causou grandes danos em alguns vilarejos com casas feitas de tijolo de barro.

Agentes de resgate seguem trabalhando para encontrar sobreviventes sob edifícios desmoronados.

O sismo também desencadeou deslizamentos de terra que atrapalham os esforços de resgate, disseram autoridades à TV oficial. Ao menos 14 províncias do Irã foram afetadas, segundo a mídia do país.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ofereceu seus pêsames nesta segunda-feira (13), ordenando que todas as agências do governo façam de tudo para ajudar os afetados.

O Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em ingês) disse que o terremoto teve magnitude de 7,3. Uma autoridade meteorológica do Iraque estimou a magnitude em 6,5, com epicentro em Penjwin, na província de Sulaimaniyah, situada na região do Curdistão e próxima da principal passagem de fronteira com o Irã.

Autoridades de saúde curdas disseram que ao menos oito pessoas morreram no Iraque e que no mínimo 68 ficaram feridas. Autoridades locais e de saúde iraquianas disseram que a área mais prejudicada foi o distrito de Darbandikham, próximo da divisa com o Irã, onde ao menos 10 casas desabaram e o único hospital foi gravemente danificado.

O tremor foi sentido até em Bagdá, no sul iraquiano, onde muitos moradores correram para fora de suas casas e prédios altos quando vibrações sacudiram a capital.

Cenas semelhantes foram vistas em Erbil, a capital do Curdistão, e em outras cidades do norte do Iraque próximas do epicentro.

Várias cidades do Iraque e do Irã ficaram sem eletricidade, e o medo de tremores secundários levou milhares de pessoas dos dois países às ruas e aos parques, apesar do tempo frio.

G1