Caneta preta de tubo transparente e documento original com foto são obrigatórios no Enem 2017 (Foto: Luiza Tenente/G1)

Faltam menos de 24h para a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no próximo domingo (5), e, até as 11h35, 22,38% dos inscritos ainda não tinham verificado o local onde farão a prova.

A edição de 2017 do Enem tem 6.731.300 candidatos inscritos. As provas serão aplicadas no dias 5 e 12 de novembro.

O endereço do local de prova está disponível no “Cartão de Confirmação da Inscrição” na página https://enem.inep.gov.br/participante/. Para acessar o cartão, basta fornecer o número do CFP e a senha cadastrada na inscrição.

O documento informa o número de inscrição; a data, hora e local das provas; a opção de língua estrangeira escolhida e os atendimentos específicos e/ou especializados, caso tenham sido solicitados.

Surdos terão prova em vídeo

A edição de 2017 do Enem terá pela primeira vez uma prova traduzida para a linguagem de sinais em formato de vídeo. Até o ano passado, eles precisavam contar apenas com o apoio de intérpretes. Usando o formato de vídeo, o estudante terá duas horas a mais para fazer a prova. Já caso ele escolha o apoio do intérprete, ele terá uma hora a mais.

Redação e direitos humanos

O Ministério da Educação (MEC) informou ter recebido, na última quinta-feira (2), a decisão judicial que impede nota zero para o estudante que desrespeitar os direitos humanos na redação do Enem. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação da prova, disse que vai recorrer.

A decisão provisória da Justiça Federal proíbe que seja automaticamente zerada a prova que tiver desrespeito aos direitos humanos. Entretanto, o autor também não vai conseguir tirar a nota máxima.

Na semana passada, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu um trecho do edital do Enem que determinava a anulação da prova que incluísse trechos com desrespeito aos direitos humanos em qualquer parte da redação.

Entretanto, outro trecho do edital ainda mantém como regra que a “proposta de intervenção” respeite os direitos humanos. A proposta de intervenção é uma das cinco competências exigidas dos alunos, e cada uma delas vale 200 pontos. Ao desrespeitar os direitos humanos ao escrever sobre o problema proposto, o candidato vai tirar zero apenas neste item e poderá, no máximo, tirar nota 800 na redação.

Medidas de segurança

De acordo com o Inep, todos os locais de prova terão detectores de metal. No fim de setembro, o órgão só tinha garantidos 35% dos detectores de metal que foram empregados na edição anterior do exame. “Conseguimos como medida administrativa alugar os detectores de metal e eles estarão nos locais”, afirmou a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “Teremos essa fiscalização em 100% dos locais de participação.”

Neste ano, também, haverá um monitoramento especial de segurança para detectar o uso de pontos eletrônicos, impedindo possíveis tentativas de fraudes por parte de candidatos que tentam usar o equipamento para receber ajuda para responder às questões.

De acordo com Maria Inês, esse monitoramento será feito por meio do “rastramento de ondas magnéticas para detectar os pontos eletrônicos”, com o apoio da Polícia Federal, em diversos locais de prova que não serão anunciados.

Mais de meio milhão de funcionários

O Enem 2017 terá mais de 600 mil pessoas envolvidas na aplicação e transporte das provas. Veja abaixo os números divulgados pelo Inep nesta quarta:

  • Coordenadores estaduais: 54
  • Coordenadores municipais: 1.793
  • Coordenadores de locais de prova: 13.880
  • Assistentes de locais de prova: 22.020
  • Chefes de sala: 197.270
  • Aplicadores: 195.578
  • Aplicadores especializados: 12.784
  • Fiscais de banheiro: 67 mil
  • Agentes de segurança pública: 22.948
  • Certificadores da Rede Nacional de Certificadores (RNC): 40.406
  • Funcionários dos Correios envolvidos na distribuição: 12.434
  • Funcionários dos Correios envolvidos na logística reversa: 29 mil