O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, pediu, hoje, a desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Contrariando a orientação do partido, pediu exoneração temporária do ministério para assumir o mandato de deputado e votar a favor do presidente Michel Temer na denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR).
Ontem, o PSB já havia perdido quatro deputados que são aliados de Temer:
Danilo Forte (CE)
Tereza Cristina (MS)
Fábio Garcia (MT)
Adilton Sachetti (MT)
Desde as delações de executivos da J&F, o PSB adotou postura de oposição ao governo e passou a orientar que seus parlamentares seguissem essa orientação.
A saída do ministro e dos deputados foi fruto de um acordo para evitar um desgaste maior, já que eles respondiam a um processo disciplinar na sigla por terem votado a favor da reforma trabalhista e corriam risco de expulsão.
A reunião do diretório nacional que decidiria sobre a expulsão, que seria feita ainda nesta semana, foi cancelada.
De acordo com a assessoria de imprensa do PSB, o partido não vai reivindicar o mandato dos deputados e apresentou uma carta para atestar que o desligamento é fruto de incompatibilidade política, ideológica e programática.
Pela legislação eleitoral, um político com cargo eletivo pode ser enquadrado na lei de infidelidade partidária e perder o mandato se mudar de legenda fora da chamada “janela partidária”, aberta somente a seis de meses de uma eleição, com duração de um mês.
A lei, no entanto, permite a mudança de partido em algumas situações, como divergir ideologicamente da legenda.