Até ser preso por esconder R$ 51 milhões de propinas num apartamento de Salvador, Geddel Vieira Lima vinha sendo tratado a pão de ló pelo Planalto. E-mails em poder da Polícia Federal mostram que o já então ex-ministro recebia da equipe presidencial informes regulares sobre o andamento da Lava Jato. Uma das mensagens, sobre delações premiadas e acordos de leniência, exibe o título “Alerta” e é assinada por Ivani dos Santos, uma das secretárias executivas que trabalham com Michel Temer.
Quem são eles
A decodificação das mensagens criptografadas do sistema Drousys, utilizado pelo Departamento de Propinas da Odebrecht, deu à Operação Lava Jato uma nova lista de apelidos de corruptos abastecidos pela empreiteira, inclusive no exterior. O time inclui “Ventania”, “Ovo”, “Luz”, “Bigode”, “Enteado”, “Tijolo”, “Corajoso” e “Bagre” – esse último compatível com o perfil de políticos.
Ricardo Boechat – ISTOÉ