Por Machado Freire*

As organizações sociais – que de fato têm compromisso e responsabilidade com as comunidades mais sofridas –, a classe política, principalmente os detentores de mandatos, em todos os níveis, e os entes envolvidos com as igrejas, de todos os credos (particular e principalmente as que cobram dízimos), devem se debruçar sobre os números apresentados pela Secretaria de Defesa Social – SDS, que refletem uma situação de muita gravidade diante do que vivemos hoje no Estado e no País.

Mais de 24 mil prisões em um ano, sendo 1.772 pessoas que tiraram a vida de seres humanos, e das 411 pessoas que morreram em setembro, 57% tinham relação com as drogas e outros tipos de crime.

Significa que todos os entes e entidades que nos referimos acima convivem, de certa forma, bem próximo de pessoas que vivem à margem da lei e que oferecem perigo de vida à sociedade como um todo.

O que fazer, então?

Todos devem assumir um compromisso público com a sociedade, se “envolver” (no bom sentido) e ter compromisso com toda a população.

Que todos participem de uma verdadeira “catequese” social e política com o compromisso de mudar a cabeça de muitos que se encontram à margem da sociedade, para evitar que a desgraça se generalize e que se torne insuportável.

Todos podemos contribuir para melhorar, amenizar, pelo menos, se a maioria se conscientizar que o estado somos nós, que a dor que dói no vizinho também dói em nossa família e o que é ruim para fulano também é ruim para mim.

Vamos deixar a frieza, a covardia, o desinteresse e o egoísmo de um lado e cair na real.

Vamos abrir as portas e a boa vontade solidária para todos, antes que seja tarde e todos estejamos – mais cedo que que se espera – enjaulados como presos de nós mesmos.

O Estado, claro, deve cumprir o seu compromisso constitucional!

Sejamos bem realistas!

*Jornalista