Atividades simples do dia a dia como tomar banho, lavar roupa, molhar as plantas ou até mesmo dar descarga, produz esgoto. A água suja eliminada é destinada para um lugar onde ela recebe o tratamento adequado. Só que essa atividade gera um custo e em Petrolina ela não é nada barata, sendo cobrada mensalmente na conta do consumidor como “taxa de esgoto”.
O gerente Regional da Compesa, João Raphael, explicou que esse custo varia entre 50 e 80% do valor total da fatura na cidade, sendo a primeira para residências com consumo abaixo de 20 metros cúbicos de água; e a segunda para estabelecimentos comerciais ou casas com consumo acima do estabelecido. “Fazer o tratamento do esgoto tem um custo elevado e a gente precisa cobrar da população para fazer essa manutenção e novos investimentos”, explicou o gerente.
No município, a rede de esgoto passa pela rede coletora por meio de um longo sistema de tubos subterrâneos, é levado para ser tratado, podendo, assim, ser devolvido ao meio-ambiente e lançado no rio. De acordo com o gerente, a cobrança da taxa foi um acordo firmado entre Prefeitura, na época administrada pelo ex-prefeito Odacy Amorim (PT) e Compesa
A cobrança da taxa de esgoto em Petrolina é obrigatória e determinada em Lei. João Raphael explica que até mesmo residências e estabelecimentos comercias fechados devem fazer a contribuição. “Isso é uma Lei onde a gente tem isso para que o cliente se interligue ao nosso sistema. Mesmo que o cliente não se interligue, a gente pode cobrar essa taxa”. Entretanto, ele garante que os bairros da cidade que ainda não possuem saneamento básico não fazem o pagamento da taxa. “Se chegou [a cobrança] são casos pontuais e raros e podem ser contestados. O usuário será ressarcido em forma de crédito nas próximas faturas”, esclareceu.
A arrecadação da taxa de esgoto em Petrolina varia mensalmente. De acordo com o gerente da Compesa, a taxa de inadimplência na cidade é alta, girando em torno de 20%.
Gabriela Canário