Com prejuízos mensais de R$ 110 mil, a Hemobrás sofre até hoje com os efeitos de um desvio de R$ 5,2 milhões na empresa cometido entre 2009 e 2013.

A procuradora da República Silvia Lopes pede à União que contrate uma empresa para o plasma estocado por causa do esquema e resolva, com urgência, a situação. E dá o prazo máximo de seis meses para concluir todo o processo, desde a licitação da empresa, a avaliação do material e sua destinação final. Caso não cumpra, a União estará sujeita a multa diária, em valor a ser definido.

A Operação Pulso desbaratou em 2015 esquema para desviar recursos por meio do consórcio Bomi-Luft-Atlantis. Os envolvidos alugavam contêineres para armazenar o plasma recolhido nos hemocentros do país, por onde o dinheiro era desviado. Em vez de levá-los para a unidade da Hemobras em Goiana (PE), onde o material seria processado e utilizado, os fraudadores estocaram na unidade de Itapevi (SP) para justificar o aluguel dos contêineres.

Pois o material encontra-se até hoje estocado, por falta de avaliação da qualidade do insumo. Só com o armazenamento, já foram gastos R$ 4,5 milhões desde maio de 2015. Se ele perder a validade, o desperdício pode chegar a R$ 30 milhões.

Lauro Jardim