O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), diz ser a favor da desfiliação do pai dele, Fernando Bezerra Coelho, do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Entretanto, o chefe do executivo disse que, na verdade, a decisão não foi unilateral, tendo em vista que o partido já almejava a saída do senador. “Estava se tornando inevitável porque a gente não queria sair, mas estavam querendo nos expulsar do PSB. A gente lamenta, mas essa mudança de partido representa um novo momento”, enfatizou.

Incluindo-se no discurso, o prefeito não descartou a possibilidade de também deixar o partido. Especula-se que ele também se una ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). “Nós fazemos parte de um único grupo, ele não vai se dividir. O que aconteceu foi uma decisão política. E quando a gente não é bem-vindo em lugar, é melhor não insistir e foi isso que o senador fez”.

O irmão de Miguel Coelho, o Ministro de Minas e Energias, Fernando Filho (PSB), também está com o futuro incerto no partido. Este, inclusive, assumiu que tem dialogado com o Democratas (DEM) e com o PMDB, mas que não deixaria o PSB.

Sobre uma possível saída do irmão do partido, o Miguel Coelho disse que o grupo de FBC mantém uma relação amigável com todos os partidos, independentemente de ser de esquerda ou de direita, mas que o PSB tem falhado no diálogo com os aliados. “Acho que a política é a arte de dialogar e foi isso que faltou no PSB e é isso que a gente tá conseguindo abrir portas com outros partidos. Os deputados federais não podem mudar de partido agora por conta da janela partidária. Mas vamos aguardar”, finalizou.

Gabriela Canário