O empresário Joesley Batista – um dos donos do grupo J&F – foi transferido, na manhã de hoje, de Brasília para São Paulo em um avião da Polícia Federal (PF). Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, a transferência para a capital paulista não foi solicitada pela defesa de Joesley, e sim pela própria PF.
Joesley está preso desde o último domingo (10) por ordem do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado acolheu um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que solicitou a prisão com o argumento de que o empresário, que é delator da Lava Jato, omitiu do Ministério Público informações importantes em seus depoimentos.
Inicialmente, a ordem de prisão contra Joesley era temporária (de cinco dias). Os empresários ficaram detidos na Superintendência da PF em Brasília. Ontem, Fachin converteu a prisão temporária em preventiva (sem prazo determinado).
A aeronave da PF que conduzirá Joesley para São Paulo decolou por volta das 9h do aeroporto de Brasília. A previsão é de que o jato pouse na capital paulista em torno das 10h40.
Quando Joesley já estava preso, na segunda-feira (11), a Justiça Federal de São Paulo expediu outro mandado de prisão temporária contra ele. Desta vez, por suspeita de usar informações privilegiadas para lucrar indevidamente no mercado financeiro.
Na mesma investigação, foi detido o irmão dele, Wesley Batista, também executivo do grupo J&F.
A JBS, que pertence à J&F, admitiu que comprou dólar antes da divulgação das notícias sobre a delação premiada dos executivos do grupo, mas negou que visava o lucro. A empresa alegou que buscava “proteção financeira” para seus negócios, que tem dívida e receitas em dólar.
Do G1