O doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de propina para políticos do PMDB, disse no anexo 8 de sua delação premiada que buscou uma caixa com R$ 1 milhão no escritório de José Yunes, ex-assessor especial e amigo íntimo do presidente Michel Temer. O dinheiro pertenceria a Temer a partir de um acordo de caixa 2 feito com a Odebrecht. A quantia foi remetida a Salvador, mais especificamente para o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), outro amigo íntimo do presidente da República, segundo o delator. O acerto do caixa 2 com a empreiteira foi feito, conforme a delação, por Temer e pelo ministro da Casa Civil da Presidência, Eliseu Padilha.

O relato do operador corrobora uma prática que ficou evidente a partir do último dia 5: a movimentação de dinheiro vivo, em quantias milionárias, por Geddel, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República. A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 51 milhões num “bunker” em Salvador usado pelo político baiano e encontrou as digitais dele em pacotes de dinheiro apreendidos. O ex-ministro está preso preventivamente no Presídio da Papuda desde a última sexta-feira, 8.

Além disso, o anexo 8 esclarece o episódio da caixa com R$ 1 milhão que apareceu no escritório de Yunes. O amigo de Temer deixou a assessoria especial da Presidência da República depois de vir a público a delação de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, que afirmou ter havido entrega de dinheiro vivo no escritório de Yunes em São Paulo em 2014 como parte de um acordo de doação da empreiteira acertado com Temer e Padilha.

O ex-assessor procurou a Procuradoria Geral da República (PGR) em fevereiro para dar a sua versão da história. Ele afirmou ter recebido uma ligação de Padilha para que recebesse alguns “documentos” em seu escritório. Um “pacote” foi levado por Funaro, conforme a versão de Yunes, que se disse surpreendido. O amigo de Temer chegou a dizer que foi apenas uma “mula” de Padilha. A história nunca ficou esclarecida, sempre cheia de pontas soltas. Na delação, Funaro detalhou o episódio, numa versão bem diferente da contada até agora por um dos melhores amigos de Temer.

“Dirigentes da Odebrecht utilizaram o doleiro Alvaro Novis para fazer com que os valores destinados a Temer chegassem nas mãos de Yunes”, contou Funaro na delação. Ele disse ter recebido uma ligação de Geddel, com um pedido para que “retirasse a remessa de R$ 1 milhão”. “Geddel informou que precisava que os valores fossem enviados para Salvador. Geddel lhe informou que o dinheiro que iria retirar com José Yunes era referente a uma doação via caixa dois, da Odebrecht, acertada juntamente com Eliseu Padilha e Michel Temer”, registra o anexo 8.

Os valores “eram de Michel Temer”, conforme o delator, e o então vice-presidente da República estava enviando para Geddel “uma parte do dinheiro arrecadado”. Funaro disse ter ligado para Yunes e combinado a retirada do R$ 1 milhão no escritório do amigo pessoal de Temer, “em uma casa de muro de vidro no Itaim em São Paulo”.

O doleiro foi ao escritório acompanhado de um segurança e foi recebido pelo próprio Yunes, conforme o relato da delação. Na sala havia um documento com diplomação de Yunes como deputado federal e um diploma de bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), disse o operador. Os dois conversaram, trocaram cartões e coube a uma secretária e um motorista do amigo de Temer entregarem a caixa com R$ 1 milhão, segundo o delator. “Nunca fez entrega de valores a Yunes”, cita o depoimento. Assim, o que houve foi uma retirada de dinheiro por Funaro, e não uma entrega, conforme o relato do operador.

Já em seu escritório, Funaro pediu a um funcionário para que fosse até Salvador entregar a quantia a Geddel. “O dinheiro foi entregue em Salvador por um funcionário de logística de transporte de valores do doleiro Tony, o qual retirou os valores em São Paulo e no dia seguinte fez a entrega em Salvador na sede do PMDB da Bahia”, finaliza o relato sobre este episódio específico.

O doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de propina para políticos do PMDB, disse no anexo 8 de sua delação premiada que buscou uma caixa com R$ 1 milhão no escritório de José Yunes, ex-assessor especial e amigo íntimo do presidente Michel Temer. O dinheiro pertenceria a Temer a partir de um acordo de caixa 2 feito com a Odebrecht. A quantia foi remetida a Salvador, mais especificamente para o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), outro amigo íntimo do presidente da República, segundo o delator. O acerto do caixa 2 com a empreiteira foi feito, conforme a delação, por Temer e pelo ministro da Casa Civil da Presidência, Eliseu Padilha.

O relato do operador corrobora uma prática que ficou evidente a partir do último dia 5: a movimentação de dinheiro vivo, em quantias milionárias, por Geddel, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República. A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 51 milhões num “bunker” em Salvador usado pelo político baiano e encontrou as digitais dele em pacotes de dinheiro apreendidos. O ex-ministro está preso preventivamente no Presídio da Papuda desde a última sexta-feira, 8.

Além disso, o anexo 8 esclarece o episódio da caixa com R$ 1 milhão que apareceu no escritório de Yunes. O amigo de Temer deixou a assessoria especial da Presidência da República depois de vir a público a delação de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, que afirmou ter havido entrega de dinheiro vivo no escritório de Yunes em São Paulo em 2014 como parte de um acordo de doação da empreiteira acertado com Temer e Padilha.

O ex-assessor procurou a Procuradoria Geral da República (PGR) em fevereiro para dar a sua versão da história. Ele afirmou ter recebido uma ligação de Padilha para que recebesse alguns “documentos” em seu escritório. Um “pacote” foi levado por Funaro, conforme a versão de Yunes, que se disse surpreendido. O amigo de Temer chegou a dizer que foi apenas uma “mula” de Padilha. A história nunca ficou esclarecida, sempre cheia de pontas soltas. Na delação, Funaro detalhou o episódio, numa versão bem diferente da contada até agora por um dos melhores amigos de Temer.

“Dirigentes da Odebrecht utilizaram o doleiro Alvaro Novis para fazer com que os valores destinados a Temer chegassem nas mãos de Yunes”, contou Funaro na delação. Ele disse ter recebido uma ligação de Geddel, com um pedido para que “retirasse a remessa de R$ 1 milhão”. “Geddel informou que precisava que os valores fossem enviados para Salvador. Geddel lhe informou que o dinheiro que iria retirar com José Yunes era referente a uma doação via caixa dois, da Odebrecht, acertada juntamente com Eliseu Padilha e Michel Temer”, registra o anexo 8.

Os valores “eram de Michel Temer”, conforme o delator, e o então vice-presidente da República estava enviando para Geddel “uma parte do dinheiro arrecadado”. Funaro disse ter ligado para Yunes e combinado a retirada do R$ 1 milhão no escritório do amigo pessoal de Temer, “em uma casa de muro de vidro no Itaim em São Paulo”.

O doleiro foi ao escritório acompanhado de um segurança e foi recebido pelo próprio Yunes, conforme o relato da delação. Na sala havia um documento com diplomação de Yunes como deputado federal e um diploma de bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), disse o operador. Os dois conversaram, trocaram cartões e coube a uma secretária e um motorista do amigo de Temer entregarem a caixa com R$ 1 milhão, segundo o delator. “Nunca fez entrega de valores a Yunes”, cita o depoimento. Assim, o que houve foi uma retirada de dinheiro por Funaro, e não uma entrega, conforme o relato do operador.

Já em seu escritório, Funaro pediu a um funcionário para que fosse até Salvador entregar a quantia a Geddel. “O dinheiro foi entregue em Salvador por um funcionário de logística de transporte de valores do doleiro Tony, o qual retirou os valores em São Paulo e no dia seguinte fez a entrega em Salvador na sede do PMDB da Bahia”, finaliza o relato sobre este episódio específico.

O Globo