Familiares e amigos da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada no dia 10 de dezembro de 2015, realizaram uma manifestação nesta quinta-feira para lembrar um ano e oito meses do crime. Eles se reuniram em frente a sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para cobrar uma solução para o caso. A menina de sete anos foi morta com 42 facadas durante uma festa de formatura em uma escola onde estudava, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

Em março deste ano, a delegada Gleide Ângelo, responsável pelo inquérito, disse que não tem dúvidas sobre a autoria do crime e pediu ajuda da população para identificar o suspeito que aparece nas imagens. O Disque-Denúncia oferece R$ 10 mil de recompensa para quem tiver informações sobre a localização do homem.

Caso Beatriz – Em janeiro passado, após rumores de que um suspeito de envolvimento no assassinato da menina Beatriz teria sido preso, no interior da Bahia, a Polícia Civil de Pernambuco desmentiu as informações. Segundo a polícia pernambucana, policiais baianos prenderam, na cidade de Remanso, a 720 quilômetros de Salvador, um homem suspeito de outros crimes. Eles solicitaram um exame de DNA e comunicaram o fato a Pernambuco. Ficou esclarecido, porém, que o indivídio não tinha características compatíveis com as que foram descritas no retrato falado confeccionando pela polícia pernambucana, dando conta de que o assasino seria um homem negro, magro, de aproximadamente 1,65m e de cabelos crespos. A delegada Gleide Ângelo está em Petrolina tentando resolver esse novo mistério.

Beatriz foi encontrada morta em um depósito da escola. A investigação revelou que durante o evento muitas pessoas avistaram o homem descrito no retrato falado, que vestia uma camiseta verde e calça jeans. As testemunhas disseram tê-lo visto fingir que bebia água no bebedouro onde a criança disse que iria antes de ser assassinada. Nos depoimentos, o suspeito foi descrito como de olhar “assustador e intimidador”. Uma criança ouvida disse ainda que ele teria a chamado para buscar mesas e cadeiras, mas, com medo, ela correu. Até mesmo um funcionário da escola percebeu a presença do desconhecido e ficou no local esperando que outro aluno tomasse água para não deixá-lo sozinho com o homem.

Para chegar ao suspeito, a polícia analisou as imagens internas e externas da escola, incluindo as do evento (feitas por fotógrafos, cinegrafistas profissionais e participantes). Foram analisadas 4.270 fotos oficiais da festa e mais de cinco terabytes de fotos e vídeos cedidos pela população. A faca também foi analisada. No utensílio foi dentificado um perfil de DNA masculino. Quem tiver informações que possam colaborar com a polícia na localização do suspeito deve entrar em contrato através do Disque Denúncia pelo número (87) 3719-4545.

Fonte: Diario de Pernambuco