Da Folha de PE

José Domingo Arias, ex-candidato à presidência do Panamá pelo partido do ex-presidente Ricardo Martinelli, foi detido provisoriamente nessa terça-feira (29) para prestar depoimento sobre suposta doação de dinheiro da construtora Odebrecht à campanha política nas eleições de 2014, informou sua defesa.

Arias foi detido no Aeroporto Internacional de Tocumen, quando tentava viajar sem notificar o Ministério Público, que conduz as investigações. Ele foi levado para a Promotoria Anticorrupção, disse à Agência EFE uma fonte da Justiça.

Armando Guerra, advogado de Arias, confirmou aos jornalistas que a detenção provisória do ex-candidato presidencial por 48 horas foi determinada pela Promotoria. Guerra explicou que “é uma ordem de prisão provisória e não um mandado de prisão preventiva”.

“É um mandado provisório de prisão, na pendência da determinação da situação jurídica” do cliente, acrescentou Guerra, destacando que o MP consultará nesta quarta-feira (30), no Tribunal Eleitoral, a existência de “possível privilégio eleitoral” de Arias.

Em junho, após o primeiro depoimento, Arias, ex-candidato do partido Mudança Democrática (CD), de Martinelli, negou ter recebido dinheiro da Odebrecht para apoiar sua campanha política nas eleições gerais de 2014.

“Não, não recebemos dinheiro da Odebrecht” para a campanha, disse Arias aos jornalistas depois de encerrar um longo depoimento na Promotoria Anticorrupção.

O politico observou que não recebeu nenhuma medida cautelar e que irá, todas as vezes que precisar, à Promotoria com “as provas necessárias para mostrar a transparência” de sua campanha.